à luz da razão - filosofar com crianças
já se encontra disponível o programa À luz da razão, da jornalista Ana Paula Ferreira, sobre filosofia para/com crianças (antena 2).
para ouvir basta clicar AQUI.
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já se encontra disponível o programa À luz da razão, da jornalista Ana Paula Ferreira, sobre filosofia para/com crianças (antena 2).
para ouvir basta clicar AQUI.
as oficinas são moderadas por Joana Rita Sousa, filósofa, perguntóloga e mestre em filosofia para crianças, responsável pelo projecto filocriatividade (desde 2008).
as oficinas são INTERGERACIONAIS e foram pensadas para pessoas a partir dos 8 anos. podem participar crianças, jovens ou adultos.
oficinas online e síncrona, via plataforma zoom. as oficinas são independentes entre si, poderá inscrever-se apenas numa. saiba mais AQUI.
👉 e que tal aproveitar o verão para treinar pensamento crítico e criativo, de forma lúdica com propostas para dialogar em família?
👉 receba no seu e-mail um conjunto de actividades pensadas para serem trabalhadas em grupo: com os amigos ou com a família (a partir dos 4 anos).
saiba mais AQUI.
🧩 as oficinas são INTERGERACIONAIS. foram pensadas para pessoas a partir dos 8 anos. podem participar crianças, jovens ou adultos.
💻 oficinas online e síncronas, via plataforma zoom. as sessões não são gravadas.
se trabalha na área da filosofia para crianças ou filosofia com crianças (e jovens!) e procura inspiração em livros, este artigo é para si.
se procura um livro para as crianças e os jovens aí de casa, talvez encontre aqui algumas sugestões que possam ir ao encontro dos seus interesses.
já escrevi sobre o assunto aqui no blog (em agosto 2020) e hoje retomo o tema pois há muitos e bons livros que são excelentes trampolins para o diálogo.
- ¿Hay alguien ahí? convoca-nos a pensar na humanidade. já parámos para pensar na humanidade? o que faz de nós humanos? o que será que outros seres podem pensar sobre nós? de que forma é que um conjunto de perguntas, um guião de perguntas muito perguntadeiras pode dizer TANTO sobre a humanidade?
- este livro - e os outros que se lhe seguem - é um excelente trampolim para pensar sobre as regras, sobre o que devemos ou não fazer. acima de tudo é um livro muito divertido e que consegue captar a atenção da criançada. abrimos o livro? viramos a página?
- sou muito fã deste livro, da proposta de pensamento e das ilustrações. foi um dos livros escolhidos para um projecto em parceria com uma biblioteca escolar e a turma que o trabalhou (2.º ciclo) ficou rendida à história.
- este livro acompanhou-me no passado ano lectivo em vários encontros com alunos do ensino secundário e também nalgumas oficinas de pensamento crítico destinadas a pessoas adultas.
- excelente provocação para pensar as boas e as más acções. podem os bandidos ter bom coração? sim ou não? um excelente livro para ler em família.
- na sequência d'Os Três Bandidos, o Petit é um bom trampolim para pensar quando é que cada um de nós é uma boa ou má pessoa. podemos ser as duas coisas? o que nos faz ser bons ou maus?
- um livro clássico na área da filosofia para / com crianças e que conheci numa das formações que fiz. já me levou a partilhar uma reflexão aqui no blog, chegou a ler?
- conheci este livro numa formação com a Ellen Duthie e fiquei rendida à simplicidade e à proposta. vejo ligações com o Para que serve? e Uma mesa é uma mesa. Será?, bem como com o Isto não é, ou com o livro que se segue aqui nas recomendações.
- este livro tem sido uma excelente provocação para pensar as palavras e os sentidos que lhes damos, os seus significados. cá em casa faz companhia ao dictionary of the untranslable.
- mais um clássico para quem trabalha livros ilustrados nas oficinas de filosofia para / com crianças e jovens. um livro provocador e que estica a nossa imaginação enquanto acompanhamos a aventura do Max.
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se é educador/a ou professor/a e gostaria de saber mais sobre o desenvolvimento de oficinas de filosofia a partir de livros, contacte-me para agendar uma mentoria.
este artigo foi útil para si? partilhe com quem possa ter interesse em livros e nas oficinas de filosofia. também pode ajudar-me a continuar a criar conteúdos relevantes, pagando-me um café através da plataforma buy me a coffee. obrigada por acompanhar a filocriatividade!
hoje em dia é possível encontrar ideias e recursos em vários sítios da internet. para que possa pesquisar com algumas referências, reuni alguns dos meus websites preferidos para partilhar consigo.
- recursos online e sugestões de actividades validadas pela equipa SAPERE.
- Jason Buckley e Tom Bigglestone apresentam várias actividades para crianças, em diferentes faixas etárias.
- a equipa Dialogue Works é constituída por Roger Sutcliffe, Bob House e Nick Chandley. vale a pena conhecer (e praticar) as hometalks.
- no seu blog, o Tomás apresenta várias possibilidades de trabalho em ambiente de diálogo filosófico.
- Peter e Emma Worley partilham alguns recursos bastante úteis para quem pretende praticar a filosofia para crianças e jovens.
- o website do Centro de Filosofia para Crianças é muito rico em materiais e ideias para a prática da filosofia para crianças. a pensar nos pais, foi disponibilizado este documento para ajudar a responder à pergunta: How can parents and grandparents inspire philosophical conversations with your children and grandchildren?
- este é um dos websites mais acarinhados aqui no blog: a filosofia visual para crianças e jovens surpreende-nos a cada momento. vale MUITO a pena visitar este trabalho.
- o website da Jane tem um conjunto de recursos que a Jane vai actualizando ao longo do tempo. sugiro que coloque este link nos favoritos.
- neste website é possível encontrar sugestões de livros acompanhados de orientações para oficinas de filosofia a partir desses mesmos livros.
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caso se sinta algo perdida/o com os recursos e precise de alguma orientação para compreender como se faz acontecer uma oficina ou sessão de filosofia para/com crianças, contacte-me para agendar uma mentoria.
também poderá consultar a agenda e participar numa das próximas formações que vou ministrar.
📌 a filocriatividade tem a agenda 2022/2023 aberta para oficinas de filosofia nos diferentes níveis de ensino, da creche ao ensino secundário.
estou disponível para viajar até à biblioteca escolar ou municipal, centros de estudo, associações culturais e outros espaços que possam acolher as oficinas #filocri.
para saber mais contacte-me através deste formulário.
Truth is one of the central subjects in philosophy. It is also one of the largest. Truth has been a topic of discussion in its own right for thousands of years. Moreover, a huge variety of issues in philosophy relate to truth, either by relying on theses about truth, or implying theses about truth. (Stanford Encyclopedia of Philosophy)
dinamizar um café filosófico sobre o tema "em busca da verdade" parece ambicioso? talvez, sobretudo se estivermos alinhadas com a ideia de que por verdade estarmos a entender verdade absoluta ou única ou definitiva.
não é dessa leitura de verdade que estamos a falar.
neste vídeo Vitor e Evelyn Lima (INÉF - Isto Não É Filosofia) começam por afirmar que a verdade não é tratada como um substantivo, como uma entidade no mundo e que existe por si. na linha da filosofia contemporânea analítica investigamos a verdade enquanto adjectivo.
"o francisco está a ler um artigo sobre verdade no blog da joana" - é verdadeira esta afirmação? substitua francisco pelo seu nome e responda: é verdadeira esta afirmação?
Afirmar que a verdade é um valor significa que o verdadeiro confere às coisas, aos seres humanos, ao mundo um sentido que não teriam se fossem considerados indiferentes à verdade e à falsidade. (Marilena Chaui, Convite à filosofia, p. 112)
pensar a verdade leva-nos a pensar na insegurança, na incerteza e na ignorância: "O espanto e a admiração, assim como antes a dúvida e a perplexidade, nos fazem querer saber o que não sabíamos, nos fazem querer sair do estado de insegurança ou de encantamento, nos fazem perceber nossa ignorância e criam o desejo de superar a incerteza. Quando isso acontece, estamos na disposição de espírito chamada busca da verdade." (Ibidem)
ainda na linha do texto de Marilena Chaui, apontamos aqui duas dificuldades contemporâneas que dificulta o papel de quem busca a verdade: o excesso de informação e a propaganda.
hoje em dia as pessoas estão sujeitas a informação que nos chega de todos os lados e direcções. o excesso de informação traduz-se por vezes em desinformação:
(...) como há outras pessoas (o jornalista, o radialista, o professor, o policial, o repórter) dizendo a elas o que devem saber, o que podem saber, o que podem e devem fazer ou sentir, ao confiar na palavra desses "emissores de mensagens", as pessoas se sentem seguras e confiantes. Ou seja, não há incerteza porque há ignorância. (Idem, p. 114)
por sua vez, a propaganda leva-nos a considerar o cigarro como um sinal de sofisticação, o creme da cara à segurança interior para enfrentar o público numa apresentação, o automóvel como veículo de confiança e de afirmação no mundo:
A propaganda nunca vende um produto dizendo o que ele é e para que serve. Ela vende uma imagem (de felicidade, de sucesso, de juventude, de saúde, de riqueza, de beleza, etc.) que é transmitida por meio do produto, rodeando-o de magias, belezas, dando-lhe qualidades que são de outras coisas (a criança saudável, o jovem bonito, o adulto inteligente, o idoso fezli, a casa agradável, etc.), produzido um eterno "faz de conta". (Idem, p. 115)
neste vídeo, Vitor Lima contrapõe verdade a simples crença, a verdade verificável e verdade subjectiva. eis algumas das perguntas levantadas pelo filósofo brasileiro:
- basta que eu acredite para algo seja verdade?
- toda a verdade é verificável, entenda-se, é passível de confirmação?
- todas as verdades são subjectivas?
recomendo que veja o vídeo, porém avanço com as respostas às perguntas: não basta a crença para que algo seja reconhecido como verdadeiro, nem todas as verdades são verificáveis e nem todas as verdades são subjectivas. o vídeo explica com detalhe cada um destes pontos.
já agora, recomendo ainda outro vídeo do INÉF, sobre teorias da verdade.
o que ambiciona um café filosófico [sobre verdade]?
- promover um espaço de diálogo e de prática do pensar - escutar - falar (Peter Worley);
- criar um ambiente seguro para a manifestação da ignorância;
- cultivar a honestidade intelectual;
- praticar a autonomia de pensamento;
- promover um espaço de acolhimento para o desacordo;
- reconciliar a pessoa humana com a sua falibilidade.
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poderá consultar a agenda de eventos da Bertrand Livreiros e considerar a participação num dos cafés filosóficos online. também tenho algumas datas agendadas na Malaposta. a Academia do Diálogo também promove cafés filosóficos.
a minha agenda completa está disponível AQUI e inclui outros eventos além dos cafés filosóficos. subscrever a newsletter filocriatividade irá garantir que recebe as novidades de agenda no seu e-mail.
👀 aproveito o título do último livro Wonder Ponder para perguntar: está alguém aí?
👋 chamo-me joana rita sousa e sou filósofa e perguntóloga.
licenciei-me em filosofia, sou mestre em gestão de recursos humanos e em filosofia para crianças.
a #filocriatividade é o nome do meu projecto iniciado em 2008 e que tem um duplo foco:
- dinamizar oficinas de filosofia, para crianças e jovens;
- desenvolver acções de formação para pessoas educadoras e professoras que procurem saber mais sobre filosofia, pensamento crítico e pensamento criativo.
além de freelancer na área da filosofia, também trabalho na área da estratégia de comunicação.
de 2008 até hoje já desenvolvi e participei em vários projectos que procuram levar a filosofia para junto das pessoas: o #filopenpal, a #FilosofiaAoVivo, a filosofia é coisa para miúdos (Rádio Miúdos), fórum parar para pensar ( Revista Dois Pontos), o #ClubeDePerguntas e o Clube de Leitura em Voz Alta #filocri - entre outros.
em ambiente presencial ou online, a #filocriatividade está sempre disposta a considerar parcerias e iniciativas no âmbito da filosofia aplicada.
é que... ideias não me faltam! por vezes faltam as condições para as tornar possíveis, pois a #filocriatividade não tem apoios e vive das parcerias que vai estabelecendo, do trabalho desenvolvido e do "passa palavra" ou recomendações que valem ouro.
2x por mês envio uma newsletter GRATUITA com sugestões de diálogo e de recursos para famílias e para a escola - pode subscrever AQUI.
obrigada por me acompanhar!
o ano lectivo está quase, quase a acabar. hoje propus a um dos grupos do jardim de infância para pensarmos nas coisas que já fizemos e pensámos desde outubro 2021.
"eu acho que fizemos MUUUUUITAS coisas", disse uma das crianças.
é verdade: desde o 1.º encontro até hoje já navegámos por muitas ideias e muitas perguntas. os livros ilustrados têm sido uma constante no trabalho deste grupo que às vezes se "queixa" que as histórias que eu levo são um bocadinho disparatadas 🙊
hoje foi dia de lembrar o caminho que fizemos e de voltar a pensar nalgumas das coisas sobre as quais dialogámos. quando voltamos a pensar, não só praticamos a memória (e eles lembram-se de TANTOS pormenores), mas também revisitamos o nosso pensamento. pensamos sobre aquilo que pensámos e avaliamos se as ideias ainda são boas ou se precisam de voltar a ser pensadas.
o tempo passa tão rápido!
as últimas duas semanas foram agitadas e sobretudo viajadas. tive a oportunidade de estar com crianças e jovens dos mais diversos contextos de ensino: jardim de infância, segundo ciclo e secundário. viajei até Torres Novas, Molelos, Venda do Pinheiro e Odivelas.
estas viagens incluíram projectos de continuidade e também oficinas pontuais de filosofia. há algo comum nestes trabalhos e que tem a ver com a razão para eu viajar até Torres Novas ou até Molelos: as pessoas. a mãe que me recomendou por acompanhar o meu trabalho na internet ou a professora que frequentou uma das minhas formações e sugeriu o meu nome. numa palavra: recomendação. que precioso que é o passa palavra!
e que precioso que é ouvir a professora Ana a dizer que a minha newsletter é muito útil e que tem aproveitado várias das sugestões nas suas aulas.
a filocriatividade foi um projecto itinerante desde o 1.º momento e essa característica tem-me permitido conhecer várias escolas, diferentes práticas, muitas pessoas (miúdas e graúdas) e também cidades, vilas e aldeias um pouco por todo o país (continente e ilhas).
nos últimos anos tenho viajado muito através do zoom, o que é igualmente enriquecedor.
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a quem recomenda o meu trabalho: muito obrigada!
[se pretende saber mais sobre uma eventual visita da filocriatividade à escola dos seus filhos, na biblioteca municipal ou noutros espaços, peço que preencha este formulário]