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08 de Dezembro, 2021

sobre a atitude filosófica

joana rita sousa / filocriatividade

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Diferente do bom senso e do senso comum, a atitude filosófica não se contenta em agir sem se questionar. Assim, pergunta-se pelos pressupostos sobre os quais ninguém mais se pergunta, a realidade abrangente que listamos: “O que é o Tempo?”, “O que é a Realidade?”, “O que é a Beleza?” etc.
Nesse sentido, a primeira característica da atitude filosófica é um distanciamento da vida cotidiana – vale dizer, a do bom senso e do senso comum. Agir filosoficamente implica não se limitar ao contexto particular em que uma situação acontece, nem ao fluxo normal dos acontecimentos. Para utilizar uma situação cotidiana, filosofar é, diante da pessoa amada, perguntar “O que é o amor?” e não apenas se entregar ao arrebatamento do sentimento.

Além disso, a atitude filosófica pode ser caracterizada como positiva e como negativa. Trata-se, de um lado, de uma atitude negativa, porque é uma postura de desconfiar , de não aceitar como óbvio aquilo que é corriqueiro só porque é corriqueiro. Para a pessoa filósofa, ao menos no início, não existe óbvio.

A atitude filosófica positiva, por outro lado, significa que, após ter desconfiado do óbvio e ter se recusado a seguir o caminho que usualmente as pessoas seguiriam, a pessoa filósofa investiga a questão que se colocou em busca de justificações e explicações. Se a atitude negativa era a de interromper o fluxo normal, a atitude positiva é de iniciar novamente o fluxo, mas dessa vez com uma estratégia diferente – a de se perguntar “O que é?”, “Por que é?” e “Como é?”.


Cultive a atitude filosófica.

 

Vitor Lima, professor de Filosofia e co-fundador do Isto Não É Filosofia