Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

31 de Julho, 2024

respostas que destroem perguntas?

- pensar em voz alta

joana rita sousa / filocriatividade

Há dias vi uma publicação no Plano Nacional das Artes com uma citação de Susan Sontag: 

Screenshot 2024-07-31 at 09.16.51.png

Não sei qual é o contexto da afirmação. Fui pesquisar sobre Susan Sontag. A wikipédia devolve-me esta informação. Nunca li nada da autora e sei que comentar uma frase retirada do contexto tem os seus riscos. Deveria pedir a referência e ler o antes e depois desta frase. Saber quais as premissas que sustentam esta conclusão. Conhecer o seu argumento.

Tenho também a prática de iniciar diálogos a partir de situações ou de afirmações que nos provocam o pensamento, tal como esta.

Assumo o meu enviesamento: tenho um grande carinho por perguntas e entendo que estas têm uma força incrível. Renovam-se, reformulam-se, convidam a pensar, podem ser ressuscitadas, podem ser adoptadas.

Que relação têm as perguntas com as respostas? 

Se uma resposta destrói a pergunta, o que pensar da pergunta? E da resposta? O diálogo termina?

Interessam-me as perguntas que são indestrutíveis no sentido em que não se deixam destruir pelas respostas, mas convidam a responder e a rever respostas.

As perguntas interessantes são actualizadas e pedem revisão de resposta a todo o momento.

(O que é a vida? Existir é julgar? O que devo fazer? A amizade é essencial?)

Respostas que destroem perguntas ou perguntas que destroem respostas? Nem uma coisa nem outra. Perguntas que pedem respostas e respostas que geram perguntas - julgo que esta formulação vai mais ao encontro daquilo que acontece num diálogo no qual as pessoas intervenientes têm a atitude do "everybody wins" (Bohm).