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02 de Setembro, 2024

palavras andarilhas 2024

as minhas perguntas andarilhas

joana rita sousa

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Para terminar as férias rumei até Beja, a Cidade dos Contos, a Cidade das Andarilhas. A 17.ª edição das Palavras Andarilhas foi a minha primeira edição.

Já tinha ouvido falar deste evento e este ano resolvi não deixar a oportunidade de conhecer Beja, a Biblioteca Municipal José Saramago e o ambiente das Andarilhas.

Assim que cheguei a Beja, na sexta-feira, tive a oportunidade de cumprimentar os amigos e as amigas das Livrarias (Perguntadoras e) Independentes: Gatafunho (Oeiras), Doninha Ternurenta (Ovar) e Faz de Conto (Coimbra). Ao final da tarde foi possível escutar o cante alentejano pelas vozes do Grupo Coral do Estabelecimento Prisional de Beja. Depois da abertura oficial das Andarilhas, houve lugar à conversa moderada por Sara Rodi  com Joana Bertholo, Marina Palácio e  Sandra Guerreiro Dias. O tema: Literatura e Natureza.

Durante esta conversa registei uma pergunta: "Qual é o sentido da vida de uma alface?" 

A noite foi de homenagem a Thomas Bakk e de contos pelas vozes de Ana Sofia Paiva e Ana Griott. Para terminar em beleza, escutámos as palavras e observámos os gestos da Alice Sousa Neto e da Rita Belicha com a performance A Palavra e o gesto. Alguns destes momentos estão disponíveis na página de facebook das Palavras Andarilhas. 

No sábado, depois de uma caminhada de 12km pela cidade de Beja, com direito a visitar o Castelo e outros pontos de interesse, rumei até à Biblioteca Municipal de Beja - José Saramago. Aí pude escutar a Paula Cusati e as problemáticas relacionadas com a literatura e a adolescência.

Uma pergunta que registei durante esta formação: "Quem tem medo do Lobo Mau?"

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📷 facebook Palavras Andarilhas

 

Ao final da tarde o tema que invadiu o Auditório foi Literatura e Cidadania. Nessa conversa participaram Ana Cristina Silva, Andreia Brites e Pep Duran, moderados por João Pedro Mésseder. Saliento aqui a intervenção de Ana Cristina Silva a lembrar-nos que o ser humano é um ser enviesado e, na linha do que defende Adela Cortina, com tendências para a xenofobia. Naturalmente a literatura é um reflexo desses enviesamentos, dos quais devemos ter consciência.

A pergunta que formulei durante a conversa foi: "A neutralidade é desejável?"

A noite brindou as pessoas presentes com uma brisa fresca e com os contos de José Craveiro, Pep Bruno, Benita Prieto  e Fernando Guerreiro. A pergunta que anotei foi: "Pode o Lobo nunca morrer?"

Durante a manhã de domingo participei na formação Ouvir para Ler, com a Ana Sofia Paiva. Foi uma manhã de partilha teórica sobre a primeira infância e a forma como as pessoas adultas a entendem e se relacionam com ela. Uma pergunta que me surgiu nesta manhã: "O que dizem os livros que escolhemos sobre a forma como olhamos a infância?"

Tradição oral, memória e modernidade  foi o tema da conversa na qual participaram Ana Sofia Paiva, Joaninha Duarte e Pep Bruno (moderação de Luís Miguel Ricardo). Desta conversa fica-me uma pergunta: "A tradição é revolucionária?"

 

Foi muito bom encontrar pessoas conhecidas e pessoas amigas durante estes três dias. (In)felizmente as pessoas "dos livros" não são assim tantas e cabem todas em Beja, nas Andarilhas. A todas essas pessoas com quem me cruzei um muito obrigada pela companhia e pela amizade. 

 

As Palavras Andarilhas regressam daqui a dois anos. Saiba mais AQUI.