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23 de Novembro, 2021

O erro como porta para o inesperado

- reflexão de Vitor Lima (INÉF)

joana rita sousa / filocriatividade

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📷 Kelly Sikkema / Unsplash

 

Errar é humano, diz o ditado. Sim, errar é tão humano que faz parte do processo de aprendizado e pode conduzir a descobertas incríveis. Costumo dividir o erro em 5 categorias:

_Erro prejudicial

_Erro como acerto

_Erro como ainda não acerto

_Erro como perambular sem rumo

_Erro como caminho para o imprevisível

 

Neste texto, quero me concentrar no último, que nada mais é que uma versão do anterior.

Outro nome possível para ele é serendipidade. Trata-se de uma descoberta proveitosa, feita por acaso, enquanto se buscam outros resultados.

A palavra “serendipidade” se origina da palavra inglesa “serendipity”, criada pelo escritor britânico Horace Walpole, em 1754. A partir do conto infantil de origem persa, “Os três príncipes de Serendip”. Os personagens principais fazem descobertas inesperadas, cujos resultados não estavam buscando. A história simboliza a mente aberta para as múltiplas possibilidades que se abrem ao errarmos.

Há vários exemplos de serendipidade.

O biólogo escocês Sir Alexander Fleming fazia testes com a bactéria Staphylococcus quando percebeu que um dos pratos foi contaminado por mofo. Em vez de recomeçar do zero, ele decidiu ver o que aconteceria. E percebeu que a bactéria não crescia onde o mofo, identificado como Penicillium, havia se desenvolvido. A substância produzida por ele deu origem a penicilina, até hoje um antibiótico utilizado para tratar diversas doenças infecciosas.

O químico russo Constantin Fahlberg trabalhava junto a Ira Remsen, um dos químicos norte-americanos mais famosos do século XIX, no laboratório da Universidade Johns Hopkins. Após um dia intenso de trabalho mexendo com derivados de alcatrão da hulha, fósforo e amônia, Fahlberg se esqueceu de lavar as mãos. Após a refeição, percebeu que seus dedos possuíam um sabor doce. O ano era 1878 e estava descoberto o primeiro adoçante químico.

Descobertas científicas de alto impacto – quem diria? – foram encontradas devido a erros.

E você, qual foi a última vez que errou?

 

Vitor Lima, professor de Filosofia e cofundador do INÉF (Isto Não É Filosofia

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