a vida é o que tu fazes dela
com os três dias de interrupção lectiva por causa do carnaval, dou por mim a parar para pensar no caminho pecorrido até aqui.
desde meados de setembro que estou a trabalhar com seis turmas do 1º ciclo - do 1º ao 4 º ano. dia após dia descubro pormenores na prática da filosofia que até então me pareciam insignificantes. a forma de dizer, de perguntar. as coisas que criamos para manter a continuidade do trabalho. e também o ter que voltar atrás, recomeçar, para depois avançar.
os grupos são muito diferentes entre si - afinal, todos os meninos são diferentes, únicos e criam dinâmicas próprias, enquanto grupo.
posso, com alguma segurança, que em dois deles estou a construir algo muito próximo da "comunidade de investigação" de que Lipman fala. os outros grupos avançam no seu próprio ritmo. não temos pressa, costumo dizer-lhes. há que saber esperar e estar atento aos sinais.
há pequenas coisas - no fundo, são grandes - que me fazem crer de que estou no rumo certo. algumas coisas acontecem na sala de aula, outras fora dela. uma são extremamente positivas, outras nem por isso - mas a filosofia (para crianças) é assim mesmo: estranha-se muito. um dia, entranha-se.
queridos alunos: tem sido uma viagem super fixe. obrigada!