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19 de Maio, 2012

do bem e do mal

joana rita sousa / filocriatividade

«Se Star Wars é uma aula sobre a crença, o Batman de Nolan é uma palestra sobre cepticismo. Ante a pergunta inicial, Bruce Wayne encontrou uma resposta diferente: sim, devem existir limites à busca do Bem. Ao contrário de Anakin Skywalker, Bruce Wayne não se deixa embriagar pelo Bem, não se deixa cegar pelo seu papel de guardião do Bem. Desta forma, O Cavaleiro das Trevas gira em torno dos limites que Wayne coloca a si próprio. E o Joker surge como o teste final a esses limites. O Mal absoluto - Joker - pode legitimar o poder absoluto daqueles que defendem o Bem? Não. Wayne recusa dar o salto de Anakin. O Batman aceita compromissos com a realidade. Aceita, inclusive, ser visto como o mau-da-fita, aceita não ser o herói, aceita não ter a glória que merece. Porque esse é o mal menor, e o mal menor é o melhor que se pode ter num mundo sem acesso ao Bem em absoluto. Santo Agostinho ia gostar muito de O Cavaleiro das Trevas.»