27 de Janeiro, 2008
Empregabilidade em filosofia
joana rita sousa
«(...) É que, em muitas universidades do mundo, estas disciplinas são asseguradas pelos departamentos de filosofia e é precisamente por esta razão que as empresas recrutam cada vez mais licenciados em filosofia. Enquanto andamos em Portugal preocupados com o dasein, como se a filosofia se esgotasse no seu estudo, noutros países, a filosofia não deixa sobrar o seu terreno para outras disciplinas que mais não podem fazer que remediar um ensino correcto e rigoroso da lógica e da argumentação. E é lamentável que tal não aconteça em Portugal. Não quero tomar a posição do “8 ou 80”, muito à portuguesa, e, do nada, pensar que o mal académico da filosofia está em que toda a gente é heideggeriana. Creio que filósofos como Heidegger devem ser estudados e é desejável que muitos estudos sobre o autor sejam lançados. O que é estranho é que a filosofia em Portugal parece esgotar-se aí, quando as suas possibilidades de actuação são muito mais amplas. Perante esta realidade, o que é desejável acontecer na filosofia académica em Portugal? (...)»
uma reflexão de Rolando Almeida