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filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

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21 de Outubro, 2025

como desenvolver o pensamento crítico das crianças

joana rita sousa / filocriatividade

A Ana Filipa Gaspar leu o livro que escrevi e que foi publicado pela Manuscrito. Partilhou as suas notas de leitura no blog, tendo concluído o seguinte:

 

(...) vejo no pensamento crítico um antídoto para as redes sociais e até para os riscos da utilização da inteligência artificial. Na verdade, podemos usar estas plataformas para, precisamente, treinar o nosso pensamento crítico. Se conseguirmos usar esta ferramenta no nosso dia a dia, nos diálogos com miúdos e graúdos, talvez seja possível contrariar algumas das tendências negativas que vemos surgir na sociedade e até na esfera geopolítica. (Ana Filipa Gaspar

 

Poderá adquirir o livro nas mais diversas livrarias, de Norte a Sul do país e ilhas; o livro também disponível online na Presença, na Bertrand, na Wook, na FNAC e na Note

Boas leituras!

21 de Outubro, 2025

As crianças perguntam pela morte?

joana rita sousa / filocriatividade

perguntas das oficinas vitais sobre assuntos fatais

 

Sim, perguntam.

As pessoas adultas escutam as crianças quando perguntam pela morte? Nem sempre. Muitas vezes ignoram, mudam de assunto ou desvalorizam a pergunta. “Não tens idade para falar desses assuntos.”

Porém, se estivermos à escuta, podemos surpreender-nos com as perguntas das crianças sobre a morte (e também sobre outros assuntos, na verdade).  

Caitlin Doughty é uma agente funerária e escreveu o livro Will my cat eat my eyeballs? composto por perguntas de crianças. Podemos ler nas páginas iniciais do seu livro:

“All death questions are good death questions, but the most direct and most provocative questions come from kids.”

 

Em tempos, dinamizei uma oficina com uma turma do 4.º ano do 1.º ciclo cujo tema era o futuro. Logo no início, quando explorámos a ideia de sermos ou não pessoas curiosas com o futuro, sugiram perguntas sobre a morte: “Quando é que vou morrer?” ou “Será que a humanidade vai extinguir-se?”. Fomos partilhando perguntas e num dado momento uma das crianças diz: “temos muitas perguntas sobre a morte, vamos juntá-las”. Assim foi, juntámos as perguntas e explorámos o que tinham de interessante.

No final a professora veio ter comigo e fez a seguinte observação: “Não sabia que eles tinham tanto interesse na morte!”

Será que o tema nunca surgiu em sala? Será que a professora não se deu conta? Será que o ignorou por considerar que não seria um assunto adequado para as crianças? Confesso que não explorei estas questões. Simplesmente disse: nos diálogos que dinamizo a morte é um tema comum, há curiosidade sobre o tema, assim como há sobre outros temas.

 

Da próxima vez que uma criança perguntar pela morte:

…evite dizer: “não tens idade para falar disso”! Diga antes: “porque é que essa pergunta te interessa?”

…evite inventar uma resposta. Se não sabe que resposta dar, assuma perante a criança. Lembre-se que dizer “não sei” é uma óptima resposta.

…caso se sinta desconfortável em abordar o assunto, assuma o desconforto perante a pergunta. Opte pela transparência e pela honestidade.

 

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