Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

13 de Outubro, 2025

(Toda) A Ciência em Três Grandes Perguntas

de Philip Ball e Bernardo P. Carvalho, Planeta Tangerina

joana rita sousa / filocriatividade

Screenshot 2025-10-13 at 10.06.50.png

 

No prefácio do livro podemos ler as palavras de Joana Gonçalves de Sá:

(…) parece que as escolas existem para nos ensinar que respostas dar nos testes e o que escrever nos relatório, mas a vida de cientista é estar sempre a tentar perceber “o que” e “como” perguntar (…)

 

Perguntas. Este livro sobre ciência anuncia três grandes perguntas. E respostas, há? Sim, também há respostas. Aliás, há sempre uma resposta, se considerarmos “não sei” como uma resposta.

 

Philip Ball escreveu o livro Três Grandes Perguntas editado pela Planeta Tangerina e que conta com a revisão científica de Joana Gonçalves de Sá, Bruno Almeida, Paulo Caty e Maria M. M. Santos. A tradução é de Isabel Minhós Martins e as ilustrações estão a cargo de Bernardo P. Carvalho. O processo de criação deste livro é também ele científico: há uma equipa a ler e a voltar a ler, a rever e a voltar a rever o que aqui é dito, tal como acontece na ciência.

 

O trabalho da pessoa cientista move-se por perguntas. Perguntar é essencial nesse processo, bem como a atitude de curiosidade e a imaginação. Na página 31, Ball cita Einstein - e eu passo a citar também:

 

O valor da educação escolar, não é a aprendizagem de muitos factos, mas sim treinar a mente para pensar.

 

Quando a escola se foca nos exames e nas respostas, fica difícil focar no treino da mente para pensar, por ser mais prioritário o treino da mente para “carregar um monte de factos na cabeça”.

 

O livro é um diálogo constante entre as figuras que nos aparecem desenhadas nas páginas e as pessoas leitoras. A forma como o texto flui entre as ilustrações (e vice-versa) torna a leitura de um livro com 200 e poucas páginas, sobre ciência, bastante leve e agradável.

 

O livro divide-se em seis capítulos e cinco desses capítulos são perguntas; O que é a ciência? é a proposta do capítulo 2 que nos convida a pensar no modo como entendemos a ciência e nalguns episódios que fazem parte da história da ciência, tal como aquele que envolve William Perkin e o desafio do seu professor de química para fabricar quinina.

 

No último capítulo surge a temática da confiança. Afinal, que razões existem para confiarmos na ciência e nas pessoas cientistas? A pergunta importa, pois vivemos tempos de grande desconfiança para com a ciência que é deixada para segundo plano dando lugar a algumas teorias da conspiração bem mirabolantes.  

*

A propósito de ciência, infância e juventude, convido-a/o a conhecer o projecto Cartas com Ciência que visa aproximar a ciência e as pessoas cientistas de crianças e jovens através da troca de correspondência.

 

O livro "Três Grandes Perguntas" foi seleccionado para o Catálogo White Ravens 2025.