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15 de Fevereiro, 2025

Se numa noite de Inverno um viajante, de Italo Calvino

#livrosperguntadores

joana rita sousa / filocriatividade

Em 1979 Italo Calvino, considerado um dos maiores escritores do século XX escreve “Se numa noite de Inverno um viajante” um romance com uma arquitetura original. Ao longo de doze capítulos, numa estrutura não linear e numa cartografia de cruzamentos e desencontros, de histórias dentro de histórias, de surpresas deliciosas e desprezíveis temos o prazer de conhecer a personagem principal, o leitor. 

A voz do personagem leitor é uma voz exigente, curiosa e conselheira: Estás a começar a ler o novo romance Se numa noite de Inverno um viajante de Italo Calvino. Descontrai-te. Recolhe-te. Afasta de ti todos os outros pensamentos. Deixa esfumar-se no indistinto o mundo que te rodeia. A porta é melhor fechá-la; lá dentro a televisão está sempre acesa. Diz aos outros: “Estou a ler! Não quero que me incomodem!”. 

Ao longo das várias páginas acompanhamos um jogo entre o “leitor(a)” e o livro. O leitor faz parte da obra: “apareceste pela primeira vez ao Leitor numa livraria, ganhaste forma destacando-te de uma parede de estantes, como se a quantidade dos livros tornasse necessária a presença de um Leitor”. 

Ler “Se um viajante numa noite de inverno” é um verdadeiro desafio para o leitor, o qual é desafiado a pensar a literatura partindo da própria literatura.

 

Se numa noite de Inverno um viajante, de Italo Calvino (Edições Dom Quixote)