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filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

30 de Janeiro, 2025

7 livros que ajudam a pensar antes de gostar

joana rita sousa / filocriatividade

 

pensar antes de gostar

 

Pensar antes de gostar é o título de uma oficina #filocri que se traduziu num espaço de reflexão e de acção para quem pretende fazer uso do pensamento crítico enquanto utilizador das redes sociais.

Em conjunto construímos um manual de boas práticas para quem pretende navegar nas redes sociais, evitando o discurso de ódio, bem como a partilha de desinformação.

Não se trata de uma oficina para aprender a navegar nas redes sociais, em termos de “onde carrego para fazer X”, mas sim para aprender a tirar partido das vantagens que há nas redes sociais, atendendo às suas desvantagens.

 

Pensar antes de gostar – uma bibliografia

Para pensar nesta oficina tive ao meu lado grandes pessoas pensadoras e excelentes livros. livros que poderá comprar ou requisitar na biblioteca mais perto de si.

 

Gosto, logo existo 

O livro de Isabel Meira e Bernardo P. Carvalho, editado pela planeta tangerina é uma excelente porta de entrada para saber mais sobre redes sociais, sobre o papel do jornalismos e sobre as fake news e a desinformação.

É possível que o encontre na secção de literatura juvenil ou classificado como livro ilustrado, mas não se iluda: é um livro para miúdos e graúdos (e além disso, podemos aprender várias coisas com livros ilustrados).

 

Factfulness 

Hans Rosling, Ola Rosling e Anna Rosling Ronnlund escreveram factfulness em 2019. O subtítulo é: “dez razões pelas quais estamos errados acerca do mundo – e porque as coisas estão melhor do que pensamos”.

Este livro é super recomendado para quem quer pensar além da sua bolha e pensar a partir de dados que são recolhidos e trabalhados por instituições ou entidades credíveis.

 

A arte de pensar com clareza

O livro de Rolf Dobelli é uma ode à honestidade intelectual. apresenta 52 erros de raciocínio comuns e como podemos estar conscientes dos mesmos. Depois, remata com um: atenção, ainda que já tenha a lista de erros, é natural que os cometa.

Um bom livro para parar e pensar na frase de Desidério Murcho: “o ser humano é, intermitentemente e com esforço, um ser racional”.

 

A arte de fazer perguntas

Warren Berger é o autor de um livro que nos ajuda a contemplar a pergunta enquanto ferramenta de inovação, mas também de clareza na comunicação.

 

Critical thinking

Tom Chatfield é autor de um dos melhores livros de pensamento crítico que tenho cá em casa. Há um excelente equilíbrio entre teoria e prática, da primeira à última página. O Tom tem alguns vídeos no youtube às quais pode aceder, como este sobre os 10 mandamentos do pensador crítico ou uma entrevista com Nigel Warburton.

 

Pensar, depressa e devagar

Considero este livro uma espécie de clássico, ao qual regresso várias vezes. é um livro para leitura lenta, com anotações, com avanços e recuos. Kahneman é um autor que eu classifico de “rijo”, que exige uma atenção plena e várias pausas na leitura, para activar o sistema 2 (quando ler o livro vai perceber do que falo).

O livro apresenta muitos estudos – alguns deles são referidos pelo Dobelli. Melhor que este livro, só o próximo.

 

Ruído

“Porque tomamos más decisões e como podemos evitá-lo” – é esta a proposta do trio Kahneman, Sibony e Sunstein. De notar que este livro também pede uma leitura lenta e não recomendo uma leitura de fio a pavio.

 

*

[uma nota sobre pensamento crítico]

O pensamento crítico exige uma atenção constante e um treino consistente. Alberga movimentos da lógica e também da ética. Uma pessoa que pensa criticamente é uma pessoa  atenta e cuidadosa às suas palavras e às dos outros, agindo com sensibilidade ao contexto.

 

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28 de Janeiro, 2025

filosofâncias: oficinas de filosofias e infâncias

joana rita sousa / filocriatividade

Decorrerá na Universidade dos Açores (UAc) mais um encontro “filosofâncias: oficinas de filosofias e infâncias”, no dia 1 de fevereiro a partir das 10h00, no Complexo de Aulas do campus universitário de Ponta Delgada.
Este encontro irá promover uma série de sessões de filosofia com diferentes grupos de crianças, estimando-se que estejam presentes cerca de 100 crianças de várias escolas das ilhas de S. Miguel e Terceira, que virão à UAc com professores, familiares e encarregados de educação. As atividades serão facilitadas por especialistas na área, atuais e antigos alunos do Mestrado em Filosofia para Crianças, que estarão em Ponta Delgada por ocasião de mais um encontro presencial do curso.
As filosofâncias fazem parte do evento “A importância de discordar: uma prática filosófica para uma Educação democrática?”, organizado pelo Núcleo Interdisciplinar da Criança e do Adolescente da UAc (NICA-UAc), com o apoio do Governo dos Açores. O evento contará com a presença de Joanna Haynes, da Plymouth University (UK).
Este encontro é organizado pelo Mestrado em Filosofia para Crianças, pelo projeto “filosofâncias” da Escola Básica e Secundária Armando Côrtes-Rodrigues e pelo projeto “filosofia para/com crianças” da Escola Básica e Secundária do Nordeste, no âmbito dos protocolos de cooperação entre estas instituições e a UAc. O encontro conta com vários outros apoios. 

Via UAc

26 de Janeiro, 2025

Como manter a atenção das crianças e dos jovens

joana rita sousa / filocriatividade

manter a atenção das crianças e dos jovens

Numa formação, perante a pergunta: Como manter a atenção das crianças e dos jovens? avancei com a seguinte resposta: "Bom, essa pergunta exige uma resposta complexa e há muitos factores a considerar. Porém, avanço já com uma sugestão: pense na técnica pomodoro, que nos convida a dividir uma tarefa em pequenos blocos de tempo. Quando estiver a planear a aula, contemple pequenos blocos de tempo com pausas entre si."

Estas pausas podem implicar uma mudança de registo em termos de suporte da aula. Exemplo: "estive a falar sobre a matéria X, agora vamos ver um vídeo que fala sobre isto. Estamos preparados? Vou apagar a luz e descer os estores para podermos assistir ao vídeo." 

Outra forma de fazer uma pausa passa por pedir às pessoas que assumam outro lugar na sala; para tal pode variar entre o trabalho em grande grupo e o trabalho em pequenos grupos.

Não podemos iludir-nos: é difícil, tanto para uma criança como para uma pessoa adulta, manter a atenção durante 45 minutos. Vamos olhar para o lado e ver algo mais interessante. Ou simplesmente vai surgir uma ideia na minha cabeça que me vai fazer desviar a atenção. 

Já reparou que as TED talks têm, no máximo, 18 minutos? Pois é, lembro-me bem dessa regra quando estava a preparar a minha TEDxTalk. Há estudos que referem os 18 minutos como o tempo adequado para apresentar algo com propriedade sem perder a atenção da plateia. 

 

*

 

Estudos/artigos disponíveis sobre a temática:

// Attention span during lectures: 8 seconds, 10 minutes, or more?, Neil A. Bradury

// Are Students’ Attention Spans Shrinking?, Bo Brusco

// 7 Ways to Increase a Student’s Attention Span, David Reeves

// Energy and Calm: Brain Breaks and Focused-Attention Practices, Lori Desautels

// Using deliberate mistakes to heighten student Using deliberate mistakes to heighten student attention, Abey P. Philip  e Dawn Bennett 

 

⚠️ novo livro: Como desenvolver o pensamento crítico das crianças - Parar, Pensar, Escutar, Dialogar

24 de Janeiro, 2025

ESPANTO: Festival de Filosofia em Cascais

joana rita sousa / filocriatividade

 

Uma das novidades para este ano é a realização de um festival internacional de Filosofia, designado “Espanto”, que terá lugar entre 19 e 22 de junho em vários locais do concelho, nomeadamente em três bairros sociais, num restaurante e na Casa das Histórias Paula Rego. Serão “quatro dias de palestras, entrevistas, debates, intervenções artísticas, jantar doméstico, conversas orientadas, treino de pensamento”, reunindo sete curadores, 10 pensadores, 40 oradores e entre 1.500 a 2.000 participantes presenciais esperados.

[notícia via Comunidade Cultura e Arte]

23 de Janeiro, 2025

parar para pensar

joana rita sousa / filocriatividade

La literatura predominante a la que se expone a los niños está o bien al servicio de una supuesta "transmisión de valores" o bien al servicio de una supuesta "educación en las emociones". De esta forma, estamos limitando las lecturas de los niños a cosas que se parecen mucho a la autoayuda para adultos y que se parecen muy poco a cualquier cosa que pudiera considerarse literatura. 

 

Fracasan como literatura, pero lo curioso es que también fracasan en la transmisión de valores y en la educación de las emociones. Principalmente, porque los valores no se transmiten y asimilan de esta forma; las emociones no se educan con un libro. Los valores éticos son fruto de un proceso de reflexión, de reacomodo, de replanteamiento constante a lo largo de nuestras vidas en los que influyen nuestras experiencias, nuestras lecturas, nuestros diálogos con otros y nuestra reflexión solitaria. Estos libros que se ofrecen a menudo a los niños dan lugar a una falsa reflexión en la que los niños saben a qué conclusión es correcto llegar: son mandamientos disfrazados de invitaciones a la reflexión.  

 

Dejemos de buscar libros que sirvan para trabajar "x" y busquemos libros buenos, que enganchen, que tengan buenos personajes y estén bien construidos. La buena literatura, siempre, siempre da que pensar (y de verdad). 

 

(Ellen Duthie, Lectura para abrir los ojos: una entrevista, blog post 2015)

 



 


 
19 de Janeiro, 2025

IAPC disponibiliza o programa de Filosofia para Crianças (Lipman e Sharp)

joana rita sousa / filocriatividade

 

IAPC

 

Quem se dedica ao estudo e à prática da filosofia para/com crianças e jovens já tropeçou em referências ao IAPC (Institute for the Advancement of Philosophy for Children):

(...) Our three-fold mission includes education (offering curriculum, teaching resources and professional development workshops in Philosophy for Children), advocacy of children’s philosophy, and research.

O IAPC disponibiliza gratuitamente o programa criado por Lipman e Sharp, que inclui as histórias (também conhecidas como novelas) e os manuais de apoio para professoras e professores. Pode consultar e fazer o download dos materiais AQUI.

 

A Sociedade Portuguesa de Filosofia disponibiliza dois títulos de Lipman, em português, gratuitamente, no seu website. Visite AQUI

19 de Janeiro, 2025

Por detrás da cortina: Labirintos de Alice

joana rita sousa / filocriatividade

por detrás da cortina

 

(via CCB - Fábrica das Artes)

Por Detrás da Cortina: labirintos de Aliceé o quarto volume da coleção de edições do CCB/Fábrica das Artes dedicada ao registo e reflexão partilhada sobre projetos de natureza curatorial em criação artística para Todas as Infâncias na área da programação, criação e receção em artes performativas.

Reúnem-se nesta publicação um conjunto de textos, ilustrações, fotografias, entrevistas e o documentário em sete episódios dos muitos autores e interlocutores que integraram a equipa criativa doCiclo Festa de Desaniversário,registando o processo laboratorial que resultou na programação do CCB/Fábrica das Artes apresentada no decorrer da temporada de 2021. Este ciclo tomou os clássicos de Lewis Carroll,Alice no País das MaravilhaseAlice do Outro Lado do Espelho, para cruzar a criação artística para Todas as Infâncias com a filosofia e, através deles, trazer para o jogo criativo as problemáticas que daí emergiram. Nesta edição encontramos ainda acesso a um conjunto de objetos digitais criados, produzidos e apresentados no âmbito deste ciclo.

Num mundo impossível de levar a sério, a imaginação oferece-se como ponto de fuga ao confinamento; entre jogos de linguagem que consagram o absurdo e a formulação de perguntas verdadeiras que se repetem sempre; na alucinação da criação e do conhecimento e nas qualidades múltiplas do tempo, viajamos nelas; nas fronteiras do real, do estrangeiro e do político.

 

mais informações AQUI

16 de Janeiro, 2025

Livros que informam e que promovem diálogos em torno da democracia

joana rita sousa / filocriatividade

 

livros para pensar a democracia

 

Democracia

O livro Democracia de Philip Bunting (Booksmile) é um excelente exemplo de um livro que informa e, simultaneamente, abre espaço para perguntas. O autor dirige-se às crianças apelando ao seu sentido crítico e sublinhando a importância da sua voz.

Democracia toca temas fundamentais nos nossos dias como o activismo, o respeito, a importância de verificar as informações que nos chegam, as alternativas à democracia. Trata-se de um livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura, destinado a crianças a partir dos 7 anos.

 

Eleição dos Bichos

Como funcionam as eleições? Para que servem os nossos votos? O livro Eleição dos Bichos conta-nos a história dos animais da selva e das suas peripécias em torno das eleições para o novo governante. Recomendado para crianças a partir dos 4 anos, este livro aproxima-se de crianças de outras idades que pretendam saber o funcionamento das eleições, acompanhando os candidatos da selva e todas as peripécias inerentes à campanha eleitoral.

O livro é da autoria de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desigualdo e Pedro Markun e está publicado na Nuvem de Letras (recomendado pelo Plano Nacional de Leitura).

 

Política para Crianças

Política para Crianças da autoria de Mafalda Cordeiro e Rita Antunes é um dos títulos mais recentes da Booksmile. Trata-se de um livro informativo que conta a história da democracia, fazendo-nos viajar até ao seu berço. Quando nasceu, a democracia não se destinava a todas as pessoas, somente para quem tinha o estatuto de cidadão. O que mudou desde então? E o que pode ainda mudar?

Este livro dedica um capítulo inteiro aos regimes políticos, mostrando como a democracia pode ser exercida de formas diferentes e que outros regimes existem além do democrático.

 

Falar de democracia com as crianças

Há várias formas de abordar o tema da democracia com as crianças e com os jovens. Por um lado, há conteúdos escolares que tratam o tema de forma directa; por outro lado, há práticas democráticas com as quais as crianças convivem e que podem ser o trampolim para esses diálogos.

Quando faço oficinas de diálogo com crianças e temos de escolher uma pergunta ou aquilo que vamos fazer é comum a sugestão de votar para nos ajudar a escolher. A prática do voto e de que a maioria é que ganha é comum junto das crianças. Quando essa sugestão surge da parte de uma criança podemos aproveitar para explorar a razão pela qual escolhemos votar para decidir entre uma coisa ou outra. Também podemos falar sobre a regra da maioria.

Há alguns anos, num trabalho de continuidade com uma turma do 3.º ano do 1.º ciclo o tema da votação surgiu como solução para escolhermos o que íamos fazer. Aplicámos a regra da maioria como critério para essa escolha e houve uma criança que me perguntou: “Joana, e se a maioria estiver errada?”. Eis uma pergunta preciosa que nos faz pensar no papel da maioria e da minoria num ambiente democrático.

 

Sugestão de exercício (em casa ou na escola)

Escolha um dos livros recomendados (ou outro) para servir de trampolim para este exercício. Recomendo que a pessoa que fará a mediação da leitura esteja familiarizada com o livro e com os conteúdos que apresenta. Tenha particular atenção à linguagem aos termos que possam ser menos familiares para si e para as crianças, dedicando algum tempo à sua investigação.

Consoante o tamanho do livro, poderá fazer vários momentos de leitura e de exercício para que possa explorar tranquilamente os conteúdos. Por exemplo, o livro Política para Crianças apresenta bastante informação e talvez seja de considerar uma leitura capítulo a capítulo.

Uma vez feita a leitura do livro ou do capítulo com a criança (ou com o grupo das crianças), lance o convite para elaborar um mapa mental com palavras que associamos a democracia. Sem ter em vista um número mínimo ou máximo de palavras, procure não ter pressa na construção desse mapa.

Uma vez construído o mapa, escolham oito palavras que vos parecem mais relevantes ao abordar o tema da democracia. Com uma folha de papel construam um quantos queres e insira essas palavras no seu interior.

Brinquem ao quantos queres para obter as palavras a partir das quais irão fazer perguntas.

Por exemplo, imagine que a palavra que calha no quantos queres é “eleições”. Convide a criança ou as crianças a fazer perguntas sobre as eleições e a sua relação com a democracia.

Exemplos de perguntas em torno da democracia e das eleições:

– Quantas formas diferentes há para votar?

– A maioria está sempre certa?

– Como seria se fosse a minoria a decidir?

– A democracia é uma competição?

– Votar é importante?

– O que acontece se ninguém votar?

Depois de reunirem algumas perguntas dialoguem sobre as mesmas. Podem escolher uma pergunta por semana para um diálogo mais longo. Também podem aproveitar o tempo das viagens casa/escola para iniciar a conversa.

 

artigo publicado a 21/03/2024 no blog Penguin Educação

 

14 de Janeiro, 2025

Pelo contrário - anda debater, tu debates bem

de Rui Correia e António F. Nabais

joana rita sousa / filocriatividade

 

livro pelo contrário

 

O livro de Rui Correia e António F. Nabais convida-nos a olhar para um conjunto de temas através de dois olhares. Para cada problema ou assunto problemático, os autores apresentam dois pontos de vista. 

Pelo contrário surge como uma ferramenta para treinar o "aprender a discordar", mas também a epoché, ou suspensão do juízo, uma atitude que se traduz em colocar o meu posicionamento de lado para mergulhar num posicionamento oposto ao meu, de forma a compreendê-lo.

Os autores assumem a estrutura do debate, na qual há duas teses opostos ou dois lados: as pessoas que defendem a favor, as pessoas que defendem contra. Há o lado do sim e do não. Porém, não pensem que este livro pretende sublinhar o ganhar o debate, só por ganhar ou até o "discordar por discordar". Segundo Rui Correia e António F. Nabais isso é "parvo".

Neste livro é sublinhada a importância de atitudes como a humildade e honestidade intelectual: 

Um debate não se destina a encontrar um vendedor, mas uma solução. Não há hierarquias nem inimigos. Há parcerias e aliados. (p. 7).

 

Recomendo o livro a jovens e também a pessoas adultas que pretendem cultivar bons hábitos de diálogo e de debate, procurando exercitar a honestidade intelectual. 

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