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filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

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22 de Maio, 2024

sugestões para a feira do livro

joana rita sousa / filocriatividade

A Feira do Livro de Lisboa abre portas no dia 29 de Maio. Até ao dia 16 de Junho é possível conhecer novidades, comprar livros, deliciar-se com farturas, conhecer autores e autoras ou assistir a conversas, entre outras coisas.

 

A este próposito gostaria de partilhar consigo algumas sugestões para a sua lista de compras.

 

argumentação, argumento e exemplo.png

 

Para quem quer aprender sobre a história da filosofia

Além das histórias da filosofia mais convencionais (como a proposta de Antony Kenny, publicada na Gradiva), poderá ler Grandes Ideias para Mentes Curiosas (The School of Life, Minotauro), O que é a filosofia? (António de Castro Caeiro, Tinta-da-China), A bebedeira de Kant (David Erlich, Planeta de Livros), Grande História Visual da Filosofia de Masato Tanaka e Tetsuya Saito (Marcador) e O Mundo de Sofia de Jostein Gaarder (novela gráfica, Elsinore).

Recomendo que estas obras sejam equilibradas com a leitura de Filósofas, de Fabiana Lessa e Natasha Hennemann para que não fique com a ideia de que as mulheres não tiveram contributos para a  filosofia.

 

Para quem quer aprender sobre filosofia para/com crianças e jovens

Brincar a Pensar (Dina Mendonça e Maria João Lourenço, Plátano Editora), A Máquina dos Ses (Peter Worley, Edições 70), Como educar um filósofo (Scott Hershovitz, Lua de Papel) são algumas das minhas sugestões para quem tem curiosidade sobre a área da filosofia para/com crianças e jovens.  

 

Para quem procura #LivrosPerguntadores 

São muitos os #LivrosPerguntadores que passam aqui pelo blog e pela newsletter, livros para crianças, jovens ou pessoas adultas. Ora tome nota:

- A caveira, de Jon Klassen (Orfeu);

- Gato comum, de Joana Estrela (Planeta Tangerina);

- Faz diferença, de Jacinto Lucas Pires e Alice Piaggio (Bruáa Editora);

- Quem mora cá dentro?, de Marcello Turconi e Allegra Agliardi (Lilliput);

- Por exemplo, uma rosa, de Ana Pessoa e Madalena Matoso (Planeta Tangerina);

Há mais #LivrosPerguntadores "à solta" aqui no blog. Para tal, basta pesquisar AQUI.

 

Boas compras! 

 

22 de Maio, 2024

argumento, premissa, conclusão e exemplo

joana rita sousa / filocriatividade

 

Screenshot 2024-05-22 at 12.19.35.png

 

"Os alunos sustentam a argumentação com exemplos e não dão argumentos", dizia uma professora numa formação. 

Nas aulas de Português treina-se a argumentação e trabalha-se o texto de opinião. Importa deixar bem claro o que siginifica argumentar, o que compõe um argumento e para que serve um exemplo no meio de tudo isso. 

 

"De acordo com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, "as competências na área do Pensamento Crítico requerem observar, identificar [e interpretar], analisar e dar sentido à informação, às experiências e às ideias e argumentar a partir de diferentes premissas [ou proposições (informações, dados, ou conteúdos que servem de base a um raciocínio) e variáveis. (...) Os alunos observam, analisam e discutem ideias, processos ou produtos centrando-se em evidências (Martins et al., 2017, p. 24)".

via Lopes, J. P. e Silva H. S. Pensamento Crítico e Criativo, pp. 109-110

 

O processo de argumentação pode ser entendido como um actividade na qual temos a oportunidade de apresentar ideias distintas e de as confrontar entre si. 

Nesse processo temos a oportunidade de identificar a ideia principal que defendemos e a(s) ideia(s) secundária(s) que a suportam (ou seja, o argumento em si mesmo), de ilustrar as nossas ideias com exemplos, de contemplar possíveis refutações e considerar hipóteses de respostas a objecções. 

O argumento é composto por uma conclusão (a ideia principal que defendemos) e uma ou mais premissas que suportam a conclusão (a ideia ou as ideias secundárias). Imagine  que o argumento é uma casa, que a conclusão é o telhado e que a premissa ou premissas são a estrutura onde assenta o telhado:

 

Screenshot 2024-05-22 at 12.19.52.png

 

Se não houver premissa ou premissas, o telhado não se aguenta e cai. Não há argumento. Mesmo que haja exemplos.

O exemplo é uma ilustração das nossas ideias. Ajuda-nos a tornar mais claro o que estamos a dizer e aproxima uma ideia abstracta do concreto. 

Passo a exemplificar (sim, vou dar um exemplo do que é um exemplo): 

A filosofia para/com crianças é importante, pois permite a prática do diálogo, bem como criar um ambiente onde professores e alunos podem pensar colaborativamente. Um exemplo desse ambiente é aquele que encontrei na turma X.  Nessa turma, tanto os alunos como os professores, perguntavam e arriscavam respostas sobre a ideia "eliminar a comida de origem animal das cantinas das escolas." Tanto os professores como os alunos apresentaram dúvidas sobre elementos mais científicos do problema, como a necessidade de proteína diária para um ser humano. 

Conclusão: A filosofia para/com crianças é importante

Premissa 1: permite a prática do diálogo

Premissa 2: (permite) criar um ambiente onde professores e alunos podem pensar colaborativamente

Exemplo da premissa 2: Nessa turma, tanto os alunos como os professores, perguntavam e arriscavam respostas sobre a ideia "eliminar a comida de origem animal das cantinas das escolas." Tanto os professores como os alunos apresentaram dúvidas sobre elementos mais científicos do problema, como a necessidade de proteína diária para um ser humano. 

 

*

 

Recomendações para pensar em argumentos, argumentação e pensamento crítico:

RTP Ensina - tese e argumento

Responsabilidade cognitiva e pensamento crítico

É possível ensinar pensamento crítico nas escolas? 

8 práticas que promovem o pensamento crítico na sala de aula

 

📷 Bárbara Monteiro, Oeiras Ignição Gerador 2024

 

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