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filocriatividade | filosofia e criatividade

oficinas de filosofia e de criatividade, para crianças, jovens e adultos / formação para professores e educadores (CCPFC) / mediação da leitura e do diálogo / cafés filosóficos / #filocri

oficinas de filosofia e de criatividade, para crianças, jovens e adultos / formação para professores e educadores (CCPFC) / mediação da leitura e do diálogo / cafés filosóficos / #filocri

29 de Dezembro, 2022

o que é um livro? como sabemos que um livro é um livro?

joana rita sousa

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🎈 na última visita que fiz à sala do balão mágico o L. tinha levado consigo o livro "Não Abras Este Livro", de Andy Lee. no ano lectivo passado algumas das crianças que estão agora nesta sala trabalharam este livro comigo. portanto, voltámos a falar sobre uma pergunta que nos ocupou: devemos abrir um livro que diz que é para não abrir?

🎈 quando trocámos ideias sobre esta pergunta surgiu um questionamento pertinente: para que serve um livro se não o abrimos? será que é mesmo um livro, uma vez que diz que não é para abrir?  

🎈 de maneira a dar continuidade à investigação à volta do objecto livro (o que é um livro?, como sabemos que isto é um livro?) fiz-me acompanhar de objectos diferentes e que têm qualquer coisa de livro: um livro em braille, um livro com um buraco, um livro pop up, um livro negro, um livro em harmónio (ou será que se diz acordeão?).  

🎈 para meu espanto a conversa aconteceu logo quando retirei o meu bloco de apontamentos da mochila e que tem uma fita cola com caveiras na 1.ª página e que levantou a pergunta: será que isso é um livro de piratas? 

🎈 à medida que "saltavam" objectos da mochila procurámos perceber o que fazia de um livro um livro. se escrevo naquelas folhas, como estava a fazer no bloco de apontamentos, é um livro? se tem muitas folhas em branco, é um livro? se tem uma só folha muito grande, é um livro? se tem um enorme buraco no meio, é um livro? se tem folhas em branco com bolinhas brancas (braille), é um livro?

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🎈 o diálogo foi animado, procurámos identificar aquilo que é comum nos livros, explorando diferentes maneiras de ler e livros que "funcionam" de maneira diferente.

🎈 houve lugar para uma mudança de ideias "agora acho que é um livro e não um caderno como há bocado". 

🎈 um dos livros mais curiosos e que provocou o silêncio no grupo foi o livro em braille. acontece que a educadora da sala teve uma colega cega que lia e escrevia em braille e estivemos a ouvir a sua experiência. 

🎈 além da língua gestual portuguesa que faz parte das nossas oficinas, naquele dia conversámos um bocadinho sobre braille. 

 

até já, sala do balão mágico 🎈

 

 

28 de Dezembro, 2022

cafés filosóficos, criatividade e filosofia para / com crianças e jovens, pensamento crítico

- oficinas no 1.º semestre 2023 (online, parceria Bertrand Livreiros)

joana rita sousa

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cafés filosóficos (online) 

às segundas, das 18h30 às 20h - inscrições AQUI

 

16 de Janeiro – Tema livre (as pessoas participantes vão decidir o tema)
30 de Janeiro – Eu penso, eu escolho

13 de Fevereiro – As perguntas medem-se aos palmos?
27 de Fevereiro – A arte de fazer perguntas

13 de Março – O tempo e o que fazemos dele
27 de Março – A importância do trabalho

10 de Abril – Clareza de pensamento

8 de Maio - Tema livre (as pessoas participantes vão decidir o tema)
22 de Maio – Verdade e mentira

5 de Junho – Respostas certas e erradas – avaliação de argumentos
19 de Junho - Para que serve isto ou aquilo?
 
 

criatividade

pensar DENTRO da caixa 
11, 18 e 25 de maio (das 19h às 21h) online
 

 

clube de leitura 

clube de leitura: #LERePENSARcom 
edição #1 - livro A Elegância do Ouriço, de Muriel Barbery
início a 1 de fevereiro na google classroom / encontro zoom 27 de fevereiro(das 21h às 22h) 
edição #2
início a 1 de abril na google classroom / encontro zoom 27 de abril (das 21h às 22h) 
 
 

filosofia para / com crianças e jovens | diálogo filosófico | pensamento crítico

Oficina online | Dialogar na sala de aula: transformar a sala de aula numa sala de pensar
26 de janeiro; 2, 9 e 16 de fevereiro (das 19h às 21h)
 
 
Oficina online | O papel do diálogo criativo na formação de crianças perguntadoras
23 de fevereiro; 2, 9 e 16 de março (das 19h às 21h) 
 
 
Oficina Online | Abaixo o achismo! – pensamento crítico em tempos de desinformação
5, 12 e 19 de abril (das 19h às 21h)
 
 
 
 
22 de Dezembro, 2022

comboio de lata: um livro colaborativo e inclusivo

joana rita sousa

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🚂 numa das últimas visitas ao jardim de infância estivemos a investigar o que é um livro: os livros precisam de palavras? pode haver livros só com ilustração? como é que uma pessoa que não sabe ler (palavras e frases) pode ler um livro?

🚂 para nos ajudar na investigação levei comigo livros (será?) bastante diferentes: só com ilustração, com ilustração e palavras, só com palavras, em braille, um livro negro (sim, o livro negro das cores) e estivemos a explorar cada um dos objectos.

🚂 uns dias depois encontrei uma publicação do CRID - Centro de Recursos para a Inclusão Digital com este livro: Comboio de Lata.

🚂 o livro é maravilhoso, pois contém pictogramas, braille, lgp e ilustrações das crianças do jardim de infância. mais ainda: a autoria da história é da Universidade Sénior da Marinha Grande. apresenta um QR code que nos permite aceder à versão lgp e audiolivro.

🚂 que belo exemplo de trabalho colaborativo e inclusivo. fiquei rendida. ❤️

20 de Dezembro, 2022

o que é um argumento?

joana rita sousa

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Kyle Glenn / Unsplash

 

no último café filosófico (online) da temporada 2022 trabalhámos "o que é um argumento?":

“Razões sustentando uma conclusão. (…) Nos manuais de lógica, os argumentos, em especial os argumentos dedutivos (…) são muito limpos, com as premissas claramente distintas da conclusão e a conclusão indicada pela palavra “logo”. Na vida real é improvável que a estrutura dos argumentos seja tão fácil de identificar.”
(Nigel Warburton, Pensar de A a Z, pp. 199-200)

 

se quiser explorar o que é um argumento e praticar um pouco o processo de identificação do mesmo, aqui fica um exercício que poderá fazer  (✌🏼 e eu posso dar feedback).

 

 

 

 

 

 

15 de Dezembro, 2022

guia breve para o diálogo filosófico em sala de aula (*)

joana rita sousa

 

kenny-eliason-zFSo6bnZJTw-unsplash.jpgKenny Eliason on Unsplash

O diálogo em sala de aula é um exercício colectivo que consiste em aprofundar uma determinada questão em comum, propondo respostas em forma de hipótese, desenvolvendo essas respostas, modificando-as através de um conjunto de perguntas pertinentes e comparando essas diferentes respostas com o fim de extrair as consequências principais do confronto entre as distintas hipóteses.

O trabalho que os alunos deverão desenvolver fundamenta-se nos seguintes pontos: 

📍 aprofundar uma determinada questão;
📍 conceber uma série de ideias;
📍 articulá-las com clareza e precisão,
📍 fazer perguntas complementares e respondê-las;
📍 ouvir o outro;
📍 verificar a presença de uma relação lógica ou conceitual entre as ideias e,
📍 finalmente, sintetizar ou analisar o resultado global do trabalho.

Seguem-se alguns elementos procedimentais que podem ajudar a estimular o diálogo.

 

I – Promover a escuta.

Levantar a mão para pedir para falar. Isso permitirá que o/a professor/a distribua a palavra e não fale sempre a mesma pessoa, para que se ouçam as palavras das mais tímidas e lentas. Nesta linha, há que procurar dar a palavra a quem ainda não interveio, para garantir a participação de todas as pessoas, em particular das que têm mais dificuldade.

Não levantar a mão enquanto alguém está a falar. Desta forma, evita que a sua mente se ocupe com o que vai ser dito em vez de ouvir quem está a falar. Isto deverá ser complementado com o convite frequente do/a professor/a para levantar a mão assim que o aluno terminar de falar.

Trabalhe a clareza e a concisão. Diante de uma resposta longa e confusa, é pertinente solicitar um trabalho de síntese e clareza. Neste procedimento ganha quem faz esse exercício e os demais recebem ideias claras sobre as quais construir outras.

Peça para repetir a ideia da pessoas que estava a falar. O/a professor/a pode contribuir para que o que a/o aluna/o disse seja compreendida/o por todos os participantes do grupo, através do exercício de verificação da transmissão da informação, perguntando aos demais o que entenderam e, se necessário, propondo ao remetente que esclareça.

É comum um aluno reagir fortemente a uma ideia com a observação "não gosto”, a ponto de nem mesmo a querer ouvir. Quando o professor detecta essa reação muito carregada de emoção, pode pedir à/ao aluna/o que reformule a ideia que quer criticar. Isso fará com que percebea se foi capaz de ouvir a ideia ou se apenas deseja rejeitá-la. Pode pedir que use esta fórmula: "Não concordo com o José quando ele diz "...", porque...."

A fórmula também pode ser usada para “Concordo…” para oferecer um motivo diferente para apoiar essa ideia.

Falar apenas um de cada vez. Enquanto alguém fala, os outros ficarão em silêncio, aquele que intervém dirigir-se-á a todo o grupo (e não tanto à/ao professor/a), pois todos os presentes constituem o espaço de reflexão.

Não tenha expectativas sobre a resposta. Estaremos abertos a qualquer resposta, caso contrário não ouviremos as palavras emitidas, mas sim as que gostaríamos de ouvir.

 

II – Promover a diferenciação e a criação de ideias.

Peça ideias diferentes. Quando já tiver uma série de ideias, peça à pessoa que pode contribuir com uma nova ideia para falar.

Apontar ideias repetidas. O/a professor/a perguntará ao grupo se a ideia recém-contribuída é nova ou se já foi apresentada anteriormente. Verifique se realmente não adiciona nada de novo.

Convide os alunos a fazerem perguntas. A pergunta surge do espanto, do mal-entendido ou do espírito crítico. O/a professor/a não deve ser o único a formular perguntas.

Redirecione o diálogo. A criação de ideias também deve ser relevante e focada no assunto. Se o diálogo se perder ou divagar, é necessário reorientar. Para isso podemos perguntar se alguém pode fazer um resumo das ideias mais importantes discutidas até aquele momento.

Se as intervenções não têm ligação entre si, se estamos apenas a presenciar uma justaposição de exposições, há que procurar a relação entre as ideias, sejam elas afinadas ou contraditórias.

Mudar de opinião. Apoiar a mudança de opinião articulando o motivo pelo qual isso aconteceu permite-nos entender que o nosso pensamento pode ser flexível e seguir a razão.

 

III – Promover o espírito crítico.

O hábito de dar razões. Oferecer razões nas respostas deve ser uma constante, é assim que tornamos visíveis crenças latentes, ideias que operam no nosso modo de viver, sem que estejamos plenamente conscientes.

O hábito de problematizar. Qualquer ideia é susceptível de ser questionada, é deste modo que vemos a força ou a fragilidade das nossas ideias.

Diferencie posicionamento e argumento. É útil lidar com essa diferença para avaliar uma resposta. A resposta a uma pergunta fechada terá que conter uma posição (sim ou não), mas também terá que apresentar um argumento que será a razão que sustenta aquela posição. Numa uma pergunta aberta, começamos a responder com uma hipótese (que serve de posição) que será ilustrada com outras ideias (argumentos) que a sustentam e mostram sua validade.

Diferencie a crítica interna da crítica externa. Crítica interna consiste em verificar a clareza, a pertinência, a coerência... da própria resposta e também a sua pertinência em relação à pergunta. Crítica Externa consiste em questionar os pressupostos que fundamentam a resposta ou a objecção a ideias de uma outra perspectiva, de um outro sistema de valores ou de um outro paradigma de pensamento.

Pense em dilemas. Frequentemente a realidade apresenta-nos situações nas quais os valores que gostaríamos de respeitar se sobrepõem ou se contradizem. Precisamos discriminar as razões para tomar uma decisão. Diante de um dilema, a nossa capacidade reflexiva e a nossa paciência para lidar com questões problemáticas são colocadas à prova.

 

IV – Promover atitudes favoráveis ​​ao pensamento.

Perder o medo do erro ou da incapacidade. A pergunta é sempre um desafio e é assim que deve ser colocada, não como algo que deva ter uma resposta garantida. Mesmo para o/a professor/a,  o facto de não ter a resposta nada mais é do que um momento no qual o pensamento começa e que dará frutos em tempo próprio, talvez não imediatamente.

Interessar-se pelos outros participantes e pelas suas ideias. Preste atenção às ideias que são novas ou mesmo estranhas, evitando descartá-las sem as examinar primeiro.  A melhor forma de respeito não é simplesmente aceitar as ideias do outro, mas sim dialogar com essas ideias.

Ter consciênciadas emoções. Tornar-se observador das próprias reacções, das emoções que o facto de ter que falar e expressar ideias ou ouvir as dos outros nos desperta. A consciência é, em si, um regulador das emoções.

A colaboração. O diálogo não é uma luta de ideias ou um momento "para ver quem consegue mais". O diálogo é uma investigação sobre uma questão. Certas funções podem ser delegadas a alguns alunos (de forma rotativa) por exemplo o "detector de não resposta" (dito de forma bem-humorada sobre as respostas que se desviam de modo evidente daquilo que é perguntado). Ou o "detector de objecções que não objecta" (quando queremos contradizer uma ideia, mas aquilo que apresentamos não funciona como uma contraposição).

 

V – Limites práticos do diálogo

O consenso. Registadas as divergências e não havendo unanimidade, o voto maioritário poderá ser utilizado para decidir sobre a conclusão a ser oferecida.

A melhor hipótese. Devemos aceitar qualquer hipótese que tenhamos até termos uma melhor, a menos que possamos mostrar que não faz sentido.

O valor da palavra. Tomamos a palavra de quem expõe a ideia na medida em que essa palavra é emitida. Se, diante da reação de seus colegas, o orador considerar que pode melhorar o seu discurso, a melhoria será bem-vinda. A clareza das ideias é transposta para a clareza da palavra.

 

VI – Promover a consciência sobre aquilo que foi aprendido

Avaliar o trabalho de pensamento realizado antes da conclusão.

Sintetizar as ideias que surgiram.

Tirar conclusões.

Avaliar o que aconteceu: se houve problemas na discussão e se foram resolvidos.

Fazer uma lista daquilo que foi aprendido.



 

(*) texto original: GUÍA BREVE PARA EL DIÁLOGO FILOSÓFICO EN CLASE, Oscar Brenifier e Mercedes García Márquez, Fevereiro 2020 (publicado no blog Taller de Prácticas Filosóficas) - tradução de Joana Rita Sousa (Dezembro 2022)

14 de Dezembro, 2022

"é a minha opinião e eu concordo com ela"

- sobre honestidade intelectual e disponibilidade para rever os nossos pontos de vista

joana rita sousa

por vezes, o  Blessing Lumueno faz tweets com "é a minha opinião e eu concordo com ela".

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👉 ler este tweet faz-me lembrar um episódio que vivi numa sala de aula onde estava a dinamizar oficinas de filosofia, com crianças do 3.º ano de escolaridade.

👉 dialogávamos sobre um determinado tópico e eu registava as ideias de cada pessoa no quadro. cada ideia era acompanhada pelo nome da pessoa que tinha dado a ideia.

👉 num dado momento, a M. deu uma ideia e eu comecei a escrever no quadro. quando terminei de escrever a sua ideia e o seu nome, a M. diz, "joana, joana, isso está mal".

👉 sei que pensei: devo ter escrito algo com o velho Acordo, queres ver. e perguntei: está mal? onde?

👉 e a M. disse: "está mal porque eu já não concordo comigo mesma. mudei de opinião".

*

 

👉  gosto deste exemplo por traduzir a disponibilidade em rever as nossas opiniões. às vezes continuamos a concordar connosco, outras vezes nem por isso.

👉  a M. foi convidada a explicar pq é que tinha mudado de opinião, o q tinha mudado e por aí vai e este foi um bom momento para validar o "mudar de ideias". 

 

*

(...) temos controlo completo sobre aquilo que acreditamos ser verdade. Escolhemos os nossos pontos de vista e podemos optar por repensá-los em qualquer momento que queiramos. E esta devia ser uma tarefa com a qual devíamos estar familiarizados porque temos uma vida inteira de demonstração de que nos enganamos com regularidade. (Adam Grant, Pensar Melhor, p. 79)

 

 

06 de Dezembro, 2022

o Petit, um livro que diz para não abrir e o porquê

- #filocri no jardim de infância

joana rita sousa

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👉 manhã de porquês no jardim de infância. 👈

🧒🏻 na sala dos traquinas pensámos a partir da leitura de Petit, o Monstro de Isol.
🧒🏻 até falámos de sustos, de brincadeiras, de meninas e de meninos que já foram abóboras, fantasmas e dinossauros.

🎈 a sala do balão mágico trocou-me as voltas e tinha um livro à minha espera. Não abras este livro, de Andy Lee. este livro marcou muito os nossos diálogos do ano passado e o L. trouxe para a sala.
🎈 aproveitámos para conversar se devíamos abrir ou não o livro. pelo meio, trabalhámos porquês, pensámos o que acontece quando uma pessoa escolhe duas coisas ao mesmo tempo. tivemos ainda oportunidade de pensar na ideia "a maioria é que decide".

👉 em breve continuaremos a investigar estes e outros "mistérios". 👈

06 de Dezembro, 2022

procura recursos na área da filosofia para / com crianças e jovens?

joana rita sousa

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se a resposta é SIM, então basta clicar AQUI para encontrar links e sugestões de livros que podem ajudá-la/o a criar as suas oficinas de filosofia para /com crianças e jovens ou oficinas de diálogo.

 

uma ressalva: não creio que ler um plano de sessão e tentar replicá-lo seja suficiente. é importante o treino no sentido de afinar o ouvido filosófico (Laurance Splitter) e cultivar a sensibilidade filosófica (Jana Mohr Lone). 

 

 

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