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filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

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12 de Outubro, 2022

filosofia no jardim de infância

joana rita sousa / filocriatividade

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YEAH! a filosofia está de volta ao jardim de infância!

a sala do balão mágico  [4 / 5 anos] está cheia de meninos e de meninas tão crescidos: há caras conhecidas e há caras novas! no meio das apresentações e dos "olá, eu sou..." descobrimos pessoas com nomes iguais, com nomes diferentes. além disso, descobrimos coisas iguais entre pessoas diferentes!

na sala dos traquinas [3 / 4 anos] há uma mão cheia de mini-pessoas conversadoras e curiosas. partilhámos coisas das quais gostamos (de fazer, de comer, e outras coisas que não são tão coisas assim... humm, já temos aqui muitas ideias para pensar!) 

 

🫶 a memória das crianças é incrível e muitas das crianças da sala do balão mágico lembram-se de muitos pormenores dos trabalhos de pensar que desenvolvemos no ano passado. lembram-se melhor do que eu! 

12 de Outubro, 2022

O ócio criativo

- uma reflexão de Vitor Lima (INÉF)

joana rita sousa / filocriatividade

 

O que é ócio criativo?
Em uma frase: é fazer por fazer.
Em duas frases: é fazer algo sem esperar outra coisa além desse algo, é fazer de modo livre.
E o que é fazer de modo livre?
Liberdade, aqui, adquire o sentido daquilo que não é determinado por outra coisa além de si própria. Se alguém manda você trabalhar, então não é livre. Se você trabalha sem ninguém mandar, então você é livre.
Mas há uma nuance importante.
Trabalhar, pela própria natureza, já é algo que fazemos por necessidade, não por escolha. Trabalhamos porque precisamos retirar do trabalho nosso sustento. Se "precisamos", então não fazemos por escolha.
A única hipótese de você trabalhar por deliberação é quando você já não precisa trabalhar para se sustentar. Aí você trabalha livremente.
Mas há outra nuance aqui.
Se você trabalha só porque não consegue ficar parado, então não trabalha livremente, mas para fugir de si próprio. Ainda que você não precise de uma atividade para seu sustento, se você escolhe fazê-la só porque, caso não faça, o nada fazer seria enlouquecedor, então novamente você está em negação do ócio, isto é, no negócio.
Feitas essas ressalvas, você percebe o quanto ser livre em uma ação é difícil.
O que requer mais esforço não é trabalhar – o que todos fazem, querendo ou não.
O que requer mais esforço é fazer algo por fazer – o que requer um nível de liberdade e de atenção para consigo mesmo  raramente alcançados.

 

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outros textos do Vitor Lima que pode ler aqui no blog: conhece-te a ti mesmoo erro como porta para o inesperado e um contributo para pensar se há respostas certas ou erradas na filosofia