filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância
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O impacto da desinformação na Democracia - o tema do Parlamento dos Jovens, 31 de Maio de 2022
Como contrariar o impacto da desinformação na Democracia? Sermos nós a pensar pela nossa cabeça, a pensarmos em conjunto e de forma organizada. Essa é a melhor arma contra os factos alternativos e a pós-verdade. (Augusto Santos Silva)
o Pedro Figueiredo alertou-me para esta sessão com o seguinte tweet:
o discurso completo pode ser ouvido aqui. logo no início Augusto Santos Silva, Presidente da Assembleia da República elogia o lado prático da filosofia, fazendo referência a Kant, Descartes e Sócrates (entre outros). Santos Silva sublinhou ainda a importância do diálogo e do pensamento colaborativo no exercício da cidadania.
gostaria de um dia conversar com Augusto Santos Silva para partilhar o que tem vindo a ser feito em Portugal no âmbito da filosofia aplicada: cafés filosóficos, filosofia no jardim de infância, 1.º, 2.º e 3.º ciclos. pelo seu discurso de hoje talvez até já conheça bem o que se faz - eu é que assumo sempre que a filosofia aplicada é algo novo para a grande maioria das coisas.
Não se aprende filosofia, mas a filosofar, já disse Kant. A filosofia não é um conjunto de ideias e de sistemas que possamos aprender automaticamente, não é um passeio turístico pelas paisagens intelectuais, mas uma decisão ou deliberação orientada por um valor: a verdade. É o desejo do verdadeiro que move a filosofia e suscita filosofias. (Marilena Chaui, Convite à Filosofia, p. 112)
durante o ano lectivo 2021/2022 tive oportunidade de passar por algumas escolas e trabalhar a questão da desinformação com alunos do ensino secundário, através do diálogo filosófico.
- reflexão sobre a infância e a adultês [dia mundial da criança]
joana rita sousa / filocriatividade
O Dia Mundial da Criança
Celebra-se amanhã o Dia Mundial da Criança e a data tem particular significado para a filocriatividade: afinal, este projecto move-se com e pelas crianças.
O movimento iniciado por M. Lipman e Ann Sharp entre 1960 e 1970 provocou um olhar diferente face à criança. A filosofia para/com crianças parte da ideia de que a criança é capaz de pensar, que tem algo a dizer sobre o mundo, seja em forma de pergunta ou em forma de resposta.
A filosofia para/com crianças no mundo
São inúmeros os projectos, as associações, as escolas, as instituições que acolhem a filosofia para/com crianças, um pouco por todo o mundo. Em 2016 conversei com algumas pessoas de vários pontos do globo para saber como pensam e como trabalham a filosofia para crianças. Faço parte de um grupo de diálogos filosóficos internacional que acolhe pessoas de 16 países.
A voz da infância num mundo adulto
Inspirada pelas experiências internacionais, criei duas iniciativas que pretendem apoiar as pessoas que estão a trabalhar na área, em Portugal: Diálogos Filosóficos e Grupo de Estudos e Leitura #filocri. Faço-o, pois considero que é fundamental que num mundo onde a adultês impera, a criança nem sempre tem uma palavra, nem sempre é ouvida.
As pessoas adultas decidem muitas coisas pelas crianças – e com boas razões, entenda-se – mas nem sempre as escutam nesse processo de decisão. De tal forma que o CNE lançou uma recomendação nesse sentido. Escutar parece algo muito óbvio e corriqueiro – será que escutamos verdadeiramente?
São várias as actividades promovidas pela filocriatividade no sentido de criar um tempo e espaço para a escuta da infância. Um exemplo disso são as oficinas de perguntas para famílias, onde pessoas adultas e crianças são convidadas a perguntar, a responder, a problematizar – de igual para igual. Outro exemplo: o #filopenpal ou os desafios filosóficos que são enviados via CTT ou partilhado num documento online para que as famílias possam pensar em conjunto. O Clube de Leitura em Voz Alta #filocri que funcionou em formato online em 2020/2021.
“Nunca pensei que a minha filha tivesse coisas destas para dizer. Foi uma descoberta para mim”, disse-me uma mãe à saída de uma oficina na qual dialogámos sobre “podes fazer tudo aquilo que queres?”.
O diálogo assume um carácter de encontro e de troca e para tal é fundamental a disponibilidade para pensar, escutar e falar (Peter Worley) com os outros, sejam crianças ou jovens ou adultos, de igual para igual.
Provocações literárias para pensar: escutamos a infância?
“Agora não, Tiago”
O livro de David Mackee é uma excelente ilustração da invisibilidade à qual a infância está sujeita. Agora não. Agora não. E de repente o Tiago já não está lá e ninguém dá conta. Agora não. Agora não.
Então... quando?
Whatever you want / Cruelty Bytes
Ellen Duthie e Daniela Martagón provocam-nos com cenas provocadoras entre a infância e a adultês. “Agora ficas aqui a pensar na tua vida” – é uma frase comum, enunciada por pessoas adultas, quando a criança se porta mal. E quando se porta bem? Não pensamos na vida nesses momentos? E o que é isso de portar bem ou mal?
Sugestões para praticar escutar a infância
Crie um diário de perguntas para a família (ou para a sua turma). Diariamente registem uma pergunta: cada um regista a sua pergunta e deixa um espaço em branco por baixo dessa pergunta. No final do primeiro mês, voltam à primeira pergunta e iniciam um diálogo sobre a pergunta, procurando arriscar respostas e/ou investigando o tema, o problema que essa pergunta traz dentro de si.
Recomendação para as pessoas adultas: evitem a precipitação de querer responder ou de julgar se a pergunta é tonta ou não. Escutem a pergunta e deixem-se perguntar por ela.
Além do #filopenpal e das oficinas de perguntas para famílias, acompanhe o blog e as demais redes sociais da filocriatividade. Diariamente partilho conteúdos e faço uma curadoria de recursos e de ideias que podem ser úteis para esta prática. Convido-o/a a subscrever a newsletter para receber sugestões no seu e-mail.
Um exemplo desses recursos são as Home Talks (Diálogos em Casa) que estão disponíveis gratuitamente em inglês, espanhol e português.
Outras sugestões para as pessoas adultas
As #ComunidadesCriativasFILOCRI e o #ClubeDePerguntas são actividades regulares que permitem a prática do pensamento crítico e criativo. Por vezes participam famílias, porém a grande maioria das pessoas que subscrevem estas actividades são adultas e algumas delas trabalham com crianças e jovens.
Numa altura em que o pensamento crítico é uma espécie de bandeira no perfil do aluno, nos planos curriculares, aqui e ali, dentro e fora da escola, importa perguntar: e as pessoas educadoras e professoras sabem o que é pensamento crítico? Sabem como trabalhá-lo? Sabem como propô-lo aos seus grupos de crianças e de jovens?
Estas actividades procuram responder a estas perguntas e proporcionar um espaço e tempo para que a pessoa adulta possa treinar o seu pensamento crítico e assim promover momentos de prática com as crianças e os jovens.
Uma pergunta final
Quando foi a última vez que escutou a infância? O que escutou?
Truth is one of the central subjects in philosophy. It is also one of the largest. Truth has been a topic of discussion in its own right for thousands of years. Moreover, a huge variety of issues in philosophy relate to truth, either by relying on theses about truth, or implying theses about truth. (Stanford Encyclopedia of Philosophy)
verdade, um adjectivo
dinamizar um café filosófico sobre o tema "em busca da verdade" parece ambicioso? talvez, sobretudo se estivermos alinhadas com a ideia de que por verdade estarmos a entender verdade absoluta ou única ou definitiva.
não é dessa leitura de verdade que estamos a falar.
neste vídeo Vitor e Evelyn Lima (INÉF - Isto Não É Filosofia) começam por afirmar que a verdade não é tratada como um substantivo, como uma entidade no mundo e que existe por si. na linha da filosofia contemporânea analítica investigamos a verdade enquanto adjectivo.
"o francisco está a ler um artigo sobre verdade no blog da joana" - é verdadeira esta afirmação? substitua francisco pelo seu nome e responda: é verdadeira esta afirmação?
Afirmar que a verdade é um valor significa que o verdadeiro confere às coisas, aos seres humanos, ao mundo um sentido que não teriam se fossem considerados indiferentes à verdade e à falsidade. (Marilena Chaui, Convite à filosofia, p. 112)
pensar a verdade leva-nos a pensar na insegurança, na incerteza e na ignorância: "O espanto e a admiração, assim como antes a dúvida e a perplexidade, nos fazem querer saber o que não sabíamos, nos fazem querer sair do estado de insegurança ou de encantamento, nos fazem perceber nossa ignorância e criam o desejo de superar a incerteza. Quando isso acontece, estamos na disposição de espírito chamada busca da verdade." (Ibidem)
é difícil buscar a verdade? é.
ainda na linha do texto de Marilena Chaui, apontamos aqui duas dificuldades contemporâneas que dificulta o papel de quem busca a verdade: o excesso de informação e a propaganda.
hoje em dia as pessoas estão sujeitas a informação que nos chega de todos os lados e direcções. o excesso de informação traduz-se por vezes em desinformação:
(...) como há outras pessoas (o jornalista, o radialista, o professor, o policial, o repórter) dizendo a elas o que devem saber, o que podem saber, o que podem e devem fazer ou sentir, ao confiar na palavra desses "emissores de mensagens", as pessoas se sentem seguras e confiantes. Ou seja, não há incerteza porque há ignorância. (Idem, p. 114)
por sua vez, a propaganda leva-nos a considerar o cigarro como um sinal de sofisticação, o creme da cara à segurança interior para enfrentar o público numa apresentação, o automóvel como veículo de confiança e de afirmação no mundo:
A propaganda nunca vende um produto dizendo o que ele é e para que serve. Ela vende uma imagem (de felicidade, de sucesso, de juventude, de saúde, de riqueza, de beleza, etc.) que é transmitida por meio do produto, rodeando-o de magias, belezas, dando-lhe qualidades que são de outras coisas (a criança saudável, o jovem bonito, o adulto inteligente, o idoso fezli, a casa agradável, etc.), produzido um eterno "faz de conta". (Idem, p. 115)
o que não é a verdade?
neste vídeo, Vitor Lima contrapõe verdade a simples crença, a verdade verificável e verdade subjectiva. eis algumas das perguntas levantadas pelo filósofo brasileiro:
- basta que eu acredite para algo seja verdade?
- toda a verdade é verificável, entenda-se, é passível de confirmação?
- todas as verdades são subjectivas?
recomendo que veja o vídeo, porém avanço com as respostas às perguntas: não basta a crença para que algo seja reconhecido como verdadeiro, nem todas as verdades são verificáveis e nem todas as verdades são subjectivas. o vídeo explica com detalhe cada um destes pontos.
já agora, recomendo ainda outro vídeo do INÉF, sobre teorias da verdade.
um café filosófico [sobre verdade]
o que ambiciona um café filosófico [sobre verdade]?
- promover um espaço de diálogo e de prática do pensar - escutar - falar (Peter Worley);
- criar um ambiente seguro para a manifestação da ignorância;
- cultivar a honestidade intelectual;
- praticar a autonomia de pensamento;
- promover um espaço de acolhimento para o desacordo;
- reconciliar a pessoa humana com a sua falibilidade.
a minha agenda completa está disponível AQUI e inclui outros eventos além dos cafés filosóficos. subscrever a newsletter filocriatividade irá garantir que recebe as novidades de agenda no seu e-mail.
👀 aproveito o título do último livro Wonder Ponder para perguntar: está alguém aí?
👋 chamo-me joana rita sousa e sou filósofa e perguntóloga. licenciei-me em filosofia, sou mestre em gestão de recursos humanos e em filosofia para crianças.
a #filocriatividade é o nome do meu projecto iniciado em 2008 e que tem um duplo foco: - dinamizar oficinas de filosofia, para crianças e jovens; - desenvolver acções de formação para pessoas educadoras e professoras que procurem saber mais sobre filosofia, pensamento crítico e pensamento criativo.
além de freelancer na área da filosofia, também trabalho na área da estratégia de comunicação.
de 2008 até hoje já desenvolvi e participei em vários projectos que procuram levar a filosofia para junto das pessoas: o #filopenpal, a #FilosofiaAoVivo, a filosofia é coisa para miúdos (Rádio Miúdos), fórum parar para pensar ( Revista Dois Pontos), o #ClubeDePerguntas e o Clube de Leitura em Voz Alta #filocri - entre outros.
em ambiente presencial ou online, a #filocriatividade está sempre disposta a considerar parcerias e iniciativas no âmbito da filosofia aplicada.
é que... ideias não me faltam! por vezes faltam as condições para as tornar possíveis, pois a #filocriatividade não tem apoios e vive das parcerias que vai estabelecendo, do trabalho desenvolvido e do "passa palavra" ou recomendações que valem ouro.
2x por mês envio uma newsletter GRATUITA com sugestões de diálogo e de recursos para famílias e para a escola - pode subscrever AQUI.
hoje o David Erlich e o Ludwig Krippahl participam no 2.º Encontro Nacional Autonomia e Flexibilidade Curricular (AFC) – 2022 num painel dedicado ao tema: "desenvolver o pensamento crítico em linha com o perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória".
o David partilhou no linkedin a síntese da sua intervenção:
O termo crítico provém do grego kritikós e remete para a capacidade de julgar, discernir, escolher. Partindo desta origem etimológica e passando pelas competências descritas no Perfil dos Alunos, a apresentação focar-se-á na concretude pedagógica, procurando encorajar o abandono de práticas inibidoras do pensamento crítico e a adoção de práticas que o propiciem.
No contexto de aprendizagem em que o pensamento crítico é prioritário, aprende-se para algo e não porque tem de ser. O conhecimento é interiorizado mais pela descoberta e debate do que pela mera memorização. As atividades proporcionam hipóteses de escolha e personalização. A sala de aula torna-se mais parecida a uma assembleia, onde todos podem comunicar com todos, do que a uma fábrica, onde o professor-capataz é o único que a todos vê. A interação entre o estudante e os materiais deixa de ser solitária, passando a ser mediada pela colaboração em grupo, que aprende cooperativamente. O certo e o errado ascendem como evidência racional e não como ditame. E o professor é mais um orientador que convida à partilha organizada do que um instrutor que pede obediência. É, pois, no concretizar destas prementes mudanças que a intervenção incidirá.
o evento será transmitido em streaming. saiba mais aqui.
Já foi exaustivamente demonstrado que a ligação entre o salário e a felicidade não é tão forte como seria de esperar (na verdade, é bem ténue). Há inúmeros estudos que concluem que as pessoas mas "felizes" não se incluem entre aquelas que auferem rendimentos pessoais mais elevados. (p. 36)
a reflexão:
na página seguinte o autor dá o exemplo de uma pessoa que ganhou muito dinheiro e que vive rodeada de gente com muito dinheiro. porém essa pessoa é capaz de "minimizar os círculos de comparação da sua vida". o que significa isto? significa avaliar o meu rendimento pela comparação com o rendimento dos outros, por exemplo. ou avaliar o meu carro pela comparação com o carro dos outros.
no exemplo, ariely refere que uma das coisas que essa pessoa fez para minimizar os círculos de comparação foi vender o porsche boxter e comprar um prius da toyota: "Não quero a vida de um Boxster, porque quando se tem um Boxster gostava-se de ter um 911, e você sabe o que quer quem tem um 911? Quer ter um Ferrari." (p. 39).
a pergunta:
quanto mais temos, mais queremos ter?
*
#LERePENSARcom é uma rubrica #filocri que pretende divulgar leituras, leitores, reflexões e perguntas. pretende-se também ampliar o entendimento de leitura: podemos ler e pensar com livros (literatura, filosofia, ciência, álbuns ilustrados...), com documentários, com imagens ou com jogos e até com séries. procura-se aquilo que nos faz pensar, pratica-se o voltar a pensar e termina-se (se bem que o fim é um começo) com uma pergunta.
está disponível para participar nesta rubrica? basta preencher este formulário.
desta vez a partilha da ferramenta aconteceu num projecto de continuidade desenvolvido com a biblioteca escolar - centro de recursos poeta josé fanha.
a ferramenta foi apresentada numa turma do 9.º ano no sentido de procurarmos trabalhar a pergunta.
o trampolim para este projecto com a turma do 9.º ano foi o livro coisas que acontecem (de Inês Barata Raposo e e Susa Monteiro - bruaá editora). assim, os exemplos que levei para exemplificar a ferramenta com a turma partiram da história do livro. depois escolhemos um tema do interesse do grupo para exercitar as perguntas nos vários quadrantes.
os quadrantes do quadrante de perguntas
quadrante superior esquerdo: as perguntas de compreensão ou cujas respostas "estão lá" (no texto, na imagem, no diálogo, na série... e cujas respostas são consensuais ou aceites)
quadrante inferior esquerdo: as perguntas factuais ou que cabem aos especialistas (e às quais se obtêm respostas consensuais ou aceites)
quadrante superior direito: as perguntas que abrem para possibilidades (e para as quais se procuram respostas razoáveis)
quadrante superior esquerdo: as perguntas que convidam à investigação em conjunto e em diálogo (e para as quais se procuram respostas razoáveis)
(figura: Splitter, L.J., 2016. The dispositional ingredients at the heart of questioning and inquiry.
sobre a razoabilidade das respostas ou a observação habitual de que "a filosofia não tem respostas certas ou erradas", fica o convite para ler ou voltar a ler este artigo.
*
se pretende trabalhar esta e/ou outras ferramentas de geração de perguntas, considere fazer parte do #ClubeDePerguntas.
receba mensalmente um desafio para colocar a criatividade em prática
joana rita sousa / filocriatividade
assuma um compromisso com a sua criatividade
ao subscrever mensalmente as #ComunidadesCriativasFILOCRI irá receber um desafio de pensamento criativo no início do mês, bem como uma curadoria de recursos para que possa explorar a temática da criatividade. há ainda lugar a um encontro via zoom na última semana do mês.
a participação no encontro zoom é opcional, porém recomendada, pois é uma oportunidade de trocar ideias com as outras pessoas, explorar alternativas e co-criar.
as #ComunidadesCriativasFILOCRI destinam-se a pessoas maiores de 16 anos.
os únicos requisitos para participar são a disponibilidade para treinar a criatividade, para errar, para aprender e para co-criar.
o ano lectivo está quase, quase a acabar. hoje propus a um dos grupos do jardim de infância para pensarmos nas coisas que já fizemos e pensámos desde outubro 2021.
"eu acho que fizemos MUUUUUITAS coisas", disse uma das crianças.
é verdade: desde o 1.º encontro até hoje já navegámos por muitas ideias e muitas perguntas. os livros ilustrados têm sido uma constante no trabalho deste grupo que às vezes se "queixa" que as histórias que eu levo são um bocadinho disparatadas 🙊
hoje foi dia de lembrar o caminho que fizemos e de voltar a pensar nalgumas das coisas sobre as quais dialogámos. quando voltamos a pensar, não só praticamos a memória (e eles lembram-se de TANTOS pormenores), mas também revisitamos o nosso pensamento. pensamos sobre aquilo que pensámos e avaliamos se as ideias ainda são boas ou se precisam de voltar a ser pensadas.