podem ouvir o programa "filosofia é coisa para miúdos", na rádio miúdos, onde também estão disponíveis outros programas.
café filosófico na livraria bertrand
no dia 26 de agosto voltamos à livraria mais antiga do mundo, a bertrand do chiado, para mais um café filosófico. começa às 18h30 e termina às 20h e a pergunta que vai orientar o nosso diálogo é: podemos amar a Sophia?
se preferir pode filosofar em casa, no trabalho ou na praia: o filopenpal anda por aí, na mala dos carteiros, para chegar a quem quer filosofar e parar para pensar, através de jogos e desafios filosóficos. a quem se destina? a miúdos e a graúdos: não há limite de idade. envie um e-mail para info@joanarita.eu para saber mais sobre o filopenpal.
também andamos pelo facebook e pelo instagram - já nos segue por lá?
o livro tem uma capa apelativa e acho que foi isso que me chamou a atenção para esta "barafunda", assinada por afonso cruz e marta bernardes. ao abrir o livro descobri os diálogos e as provocações ao pensar, página após página.
este livro tem estado na prateleira à espera do momento para o poder abordar no sentido de criar uma agenda de discussão. acontece que há várias agendas de discussão que se podem criar a partir de um livro. uma delas acontece mesmo sem abrir o livro, sem ler o seu texto, sem ver as suas ilustrações.
uma experiência de pensamento a partir do objecto livro
em tempos numa formação de filosofia para crianças cujo público eram educadores e professores lancei o desafio de pensarmos à volta de objectos. levei livros diferentes: um livro clássico de filosofia antiga, um livro em braille, um livro só com ilustrações (sem texto) e os jogos wonder ponder.
esta proposta pode levar-nos a colocar as seguintes questões acerca do livro em si:
afinal, o que é um livro?
pode o livro assumir várias formas?
uma caixa pode constituir-se como um livro?
todos os livros contam histórias?
quem conta a história: o autor ou o leitor?
quem cria a história?
há limites para recriar a história do livro?
e a barafunda?
uma das agendas de discussão que criei a partir do livro "barafunda" foi à volta desta palavra. usei mind maps para me ajudar a pensar e "barafundei" o meu pensamento. partilhei esse mapa mental nas IG stories, onde vou partilhando convosco a minha agenda de trabalho (oficinas de filosofia, cafés filosóficos) e onde deixo algumas provocações para pararmos para pensar.
já agora pergunto: segue-me pelo instagram ou pelo facebook?
se pretende explorar possibilidades de trabalho nesta área e/ ou se procura formação one-to-one na área da filosofia para crianças e jovens poderá contactar-me via e-mail: info@joanarita.eu
Então, mas demorámos estas aulas todas para chegar a esta conclusão? Não podias ter dito logo, Joana?”, disse-me o Leandro, no final da terceira aula sobre a investigação “o que é uma pergunta?”. Sim, três aulas, isto é, três semanas às voltas com aquilo que faz com que uma frase seja uma pergunta. Parece um trabalho inútil, no sentido de salientar o óbvio – afinal, todos nós sabemos o que é uma pergunta, certo? Basta ter um ponto de interrogação? Ou há outros critérios que fazem parte da pergunta e que, por serem óbvios, nem sempre atendemos?
famílias destrambelhadas: um livro que me conquistou pelo título
este livro "tropeçou" em mim numa das visitas à bertrand. achei-o provocador e com boas linhas para investigação nas oficinas de filosofia. tem estado na prateleira à espera do seu momento para leitura e criação de agenda de discussão.
destrambelhar?
ao começar o meu mind map dei por mim a trabalhar o significado de destrambelhar: o que é uma família destrambelhada, mesmo ainda sem ler o livro? que características tem essa família? conhecemos alguma? e conhecemos famílias com trambelho? como são? o que fazem? - e só o colocar destas questões pode resultar numa oficina (ou duas) de filosofia. poderá ser um excelente início de diálogo para depois introduzir o livro.
jogo: investigação do destrambelho em cada uma das famílias
como o livro aborda várias famílias, desenhei um esquema de trabalho que prevê dividir o grupo em pequenos grupos, ficando cada grupo com uma das famílias para investigar. poderíamos aproveitar para
a) procurar o que há de destrambelhado naquela família;
b) indicar o que há de positivo no "destrambelho" da família (chapéu amarelo, seis chapéus, de bono);
c) indicar o que há de negativo no "destrambelho" da família (chapéu preto, seis chapéus, de bono);
a partilha seria feita para o grupo no seu todo e a partir daí aproveitaríamos para criar momentos de diálogo.
problematizar
uma vez que o livro é provocador em termos de afirmações que descrevem as famílias, poderá ser interessante promover a problematização de frases escolhidas pelos membros do grupo:
este exercício, tal qual o desenhei, parece-me adequado para grupos de crianças a partir dos 7/8 anos. julgo que os mais crescidos também irão gostar. o que lhe parece?
se pretende explorar possibilidades de trabalho nesta área e/ ou se procura formação one-to-one na área da filosofia para crianças e jovens poderá contactar-me via e-mail: info@joanarita.eu
Uma das coisas que a filosofia para crianças me tem mostrado é a riqueza de ser diferente. Numa educação massificada e com pouco espaço – falo até de espaço físico nas salas de aula – para atender aos pedidos particulares de cada aluno, as aulas ou oficinas de filosofia permitem que essa riqueza flua, naturalmente.