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filocriatividade | filosofia e criatividade

oficinas de filosofia e de criatividade, para crianças, jovens e adultos / formação para professores e educadores (CCPFC) / mediação da leitura e do diálogo / cafés filosóficos / #filocri

oficinas de filosofia e de criatividade, para crianças, jovens e adultos / formação para professores e educadores (CCPFC) / mediação da leitura e do diálogo / cafés filosóficos / #filocri

30 de Novembro, 2018

a Oficina do Platão: filosofia para e com jovens, em Telheiras

joana rita sousa

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a Oficina do Platão acontece às quartas, às 14h, no centro Ser Mais (Rua Professor Mário Chicó, 2F, Telheiras, Lisboa, ao lado dos CTT, em Telheiras).

a próxima oficina está agendada para o dia 12 de dezembro e poderá inscrever os seus filhos.

no ano passado foi assim: perguntas e mais perguntas, com um grupo motivado e curioso!

as inscrições estão abertas e podem saber mais através do e-mail  geral@centrosermais ou dos telefones 968 222 980 | 914 257 323

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26 de Novembro, 2018

experimentar os diferentes pontos de vista e...

joana rita sousa

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...explicar o que é uma ideia tonta e uma ideia normal: são estes os desafios que as salas dos 3/4 e dos 4/5 aceitaram e têm vindo a explorar, de há umas semanas para cá. sem pressas, pois a filosofia faz-se respeitando o ritmo de cada um.

 

é importante que o grupo se conheça - e não me refiro aqui ao "sabermos os nomes uns dos outros" ou "qual a fruta preferida". é importante que o grupo conheça as potencialidades, as curiosidades, as vontades de cada um, no que respeita ao pensar em grupo.

 

isso implica experimentar coisas simples como não ter o braço no ar enquanto o amigo que tem a vez para falar está a dizer coisas ou mesmo a pensar, em silêncio. ou dar a vez para que um amigo que não fala tanto possa dar uma ideia para o grupo. são gestos simples, difíceis por vezes de colocar em prático: ainda a pergunta vai a meio e já há muitos braços no ar e "eu! eu! eu!" com calma, recuamos e começamos de novo: vamos ouvir a pergunta até ao fim e depois colocamos o braço no ar, em silêncio.

 

o silêncio é fundamental: para nos ouvirmos uns aos outros e até aos nossos próprios pensamentos. com gestos simples, treinamos este respeito pelo outro, pelo seu tempo para falar ou para pensar, pelo silêncio que é de e para todos. 

 

*

para acompanhar o trabalho no jardim de infância 2018/2019:

oficina #1

oficina #2

oficina #3

 

15 de Novembro, 2018

"essa imagem é um bocado estranha!"

joana rita sousa

 

os jogos wonder ponder são uma excelente provocação para o pensar. tendo em conta o tema do festival de filosofia de abrantes (a inteligência artificial, o trabalho e o humano), o jogo "I, person" tem sido uma das provocações nas oficinas de filosofia (1º e 2º ciclos).

 

hoje o desafio teve vários momentos:

- fazer perguntas sobre a imagem;

- dizer coisas (ou afirmar) sobre a imagem;

- responder a perguntas;

e ainda: fazer perguntas às perguntas. esta parte do desafio suscitou muita curiosidade por parte dos alunos. a ideia de fazer perguntas a uma pergunta pareceu-lhes, ao início, estranha (tão estranha quanto a imagem!). 

o grupo aceitou o desafio e, com calma e paciência, conseguimos fazer 5 perguntas a uma das perguntas iniciais. este trabalho de perguntar à pergunta é um dos meus preferidos e que aconselho a qualquer pessoa que queira treinar os músculos do pensamento. obriga-nos a aprofundar e a explorar um conceito ou uma expressão na pergunta. quantas mais perguntas fazemos, mais dificuldade sentimos. a prática deste exercício vai afinando a nossa capacidade de perguntar e, às tantas, a dificuldade dá lugar ao gosto pelo perguntar.

 

esse é um dos objectivos destas oficinas: proporcionar uma experiência da filosofia, do perguntar, do investigar. deixamo-nos contaminar pela curiosidade e perseguimos as ideias que nos fazem "comichão" no pensamento.

(ah! e eu divirto-me muito!)

 

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14 de Novembro, 2018

a investigação filosófica em Abrantes

joana rita sousa

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a oficina desta manhã seguiu os passos metodológicos do café ☕ filosófico do Tomás Magalhães Carneiro e foi muito positiva a forma como os alunos saltaram do "pensar o conteúdo" para o "pensar a forma" do trabalho da filosofia:

🗣️ "quando chegámos não sabíamos o que era a filosofia e conseguimos fazer a filosofia, sem saber mesmo o que é. fizemos um bom trabalho!" (aluna do 6º ano)

o que fizemos?

fizemos perguntas, perguntámos perguntas às perguntas e arriscámos definições de coisas para poder pensar melhor. 

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da parte da tarde encontrámos um grupo cheio de pressa: muitos braços no ar e muita falta de paciência para esperar pela sua vez. durante esta oficina acabámos por fazer um exercício que permite contrariar a pressa e a vontade de dizer algo, mesmo sem ouvir o que o outro está a dizer.

 

começámos por fazer perguntas sobre uma imagem. depois, foi pedido que dissessem coisas sobre a imagem: é importante treinar o perguntar e o dizer coisas (afirmar). depois deste "aquecimento" foi-lhes proposta uma pergunta, que suscitou problemas junto do grupo. ora e o que fazem pequenos e grandes filósofos quando estão perante problemas? dedicam o seu tempo a resolvê-los.

 

no final foi pedido ao grupo que dissesse algo sobre o trabalho que tínhamos feito: "foi bom, eu gostei, mas estivemos muito apressados e agitados e não ouvimos bem as coisas". 

houve até quem confessasse que gostaria de repetir este jogo da filosofia.

 

 

 

13 de Novembro, 2018

e por Abrantes continuamos a filosofar com os mais novos

joana rita sousa

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a pressa é inimiga da prática da filosofia. e isso é uma das coisas que se tenta transmitir aos mais novos, quando estamos numa oficina de filosofia. não há que ter pressa em pôr o braço no ar ou em falar, sem que tenha sido dada a palavra. há que ouvir as perguntas até ao fim, as ideias até ao fim. não devemos ter o braço levantado quando estamos a ouvir um colega. porquê? porque enquanto fazemos isso não estamos verdadeiramente a ouvir, mas sim focados no que temos a dizer. ora, na filosofia (repito) não temos pressa. há que desfrutar do diálogo, com calma, com os braços poisados na mesa ou em cima dos joelhos, para que nos concentremos no que está a ser dito pelos outros. 

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numa das turmas do Sardoal e ao enunciar o tema do festival de filosofia de Abrantes lembrei-me de fazer uma pergunta à turma do 4º ano: "o que teria passado pela cabeça dos senhores que fizeram o festival ao propor um tema destes, para ser trabalhado por crianças de 9 anos?" - de uma forma mais simples: "que interesse tem este tema para as crianças da vossa idade?"

e lá partimos na investigação, orientados por esta pergunta e por outras que fomos registando no quadro: no final de uma hora o quadro estava cheio de ideias!

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na Chainça o desafio foi diferente: pensar a partir de uma imagem do jogo Wonder Ponder e tentar responder à pergunta: quem gostarias de ter como professor: uma pessoa ou um robot?  porquê? (sempre os porquês, não é?)

o carácter de imperfeição de ser pessoa foi assinalado por um dos meninos: "temos falhas, todos temos falhas e servem para aprender para a próxima vez não falharmos." a professora da sala, que é uma pessoa, às vezes até parece uma máquina pois faz imensas coisas ao mesmo tempo, para chegar aos 24 alunos que trabalham consigo diariamente. como podem ver pela imagem, houve mais pessoas a escolher o robot do que a pessoa. infelizmente não tivemos tempo para continuar a reflexão e tivemos de terminar com uma boa espreguiçadela: é que isto de pensar, cansa!

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e quais foram as razões apontadas pela turma do 4º ano para dizer que o tema "IA, o trabalho e humano" é um bom tema para trabalhar com crianças de 9 anos? eis as razões:

- aprendemos mais coisas e ficámos a saber melhor o que era I.A.;

- tirámos muitas dúvidas;

- pudémos evoluir de nível na inteligência;

- fizemos muitas perguntas e com isso aprendemos mais;

- aprendemos um pouco de filosofia;

- divertimo-nos ao mesmo tempo que aprendemos.

conforme prometi aos alunos, vou passar a informação aos "donos do Festival" que assim podem ficar muito mais descansados pela escolha do tema: é um bom tema e as crianças de 9 anos interessam-se por ele. e até deixam perguntas como:

"quando nós somos bebés, a I.A. interfere connosco?"

 

 

 

12 de Novembro, 2018

"é um robot e ao mesmo tempo uma menina"

joana rita sousa

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o tema do festival de filosofia de abrantes é "inteligência artificial, trabalho e o humano". por esse motivo, as oficinas de filosofia que iremos proporcionar às crianças das escolas do concelho giram à volta deste tema. tendo em conta que a Sophia the Robot é uma figura conhecida de muitos, uma vez que aparece na publicidade da televisão (e não só), a provocação de hoje foi responder à pergunta:

"o que é isto?" - acompanhada da imagem da Sophia.

a ideia que motivou o diálogo foi "é um robot e ao mesmo tempo uma menina". como é possível algo ser um robot e uma menina (humana) ao mesmo tempo? 

partimos em busca daquilo que a Sophia tem de humano e daquilo que a Sophia tem de robot.

houve muitas ideias sobre o assunto; para alguns a Sophia tem uma pele de humana, mas só na parte de cima.  tem fios e é feita de metal - e daí que o J. tenha defendido que ela não pode ser meio humana, pois a pele sua (transpira) e depois isso ia estragar os circuitos e avariar a Sophia. a Sophia não pode morrer, como os humanos, só pode ficar estragada. ela não tem órgãos como nós, mas pode ser arranjada, se avariar. 

depois de algum tempo a investigar se a Sophia era parecida com os humanos, chegou o momento de inverter o diálogo: e nós, humanos, somos parecidos com a Sophia?

e tu? o que é que TU pensas sobre isto?

 

12 de Novembro, 2018

sophia network meeting | 2019: thinking the unthinkable

joana rita sousa

The Sophia Network Meeting will take place in Galway at the National University of Ireland, Galway (NUIG) on the 1st and 2nd of June, and as a bonus, the NUIG invites delegates to a P4C Symposium on the 31st of May. The SOPHIA Network Meeting this year is being co-hosted by Philosophy, NUI Galway Philosophical Dialogue Project – NUI GalwayLittle Rainbow Academy Ireland and Curo

If you would like to join us, please register here 

Thinking the Unthinkable

The theme for the Sophia Network meeting 2019 is Thinking the Unthinkable. This can be interpreted as philosophical creativity – thinking of ideas that have never been thought of, as well as philosophical critique – thinking that goes against traditional or established ideologies. Ireland can be said to have had its share of thinking the unthinkable with the 34th amendment on same-sex marriage, and perhaps it’s reputation as the green/emerald isle will provoke new ideas on nature and the environment.

Call for Papers Deadline: February 28th, 2019

 

 

11 de Novembro, 2018

continua a investigação no jardim de infância

joana rita sousa

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na semana passada regressámos às salas do jardim de infância para filosofar.

quando temos a oportunidade de trabalhar em continuidade temos mais tempo para que as crianças se apropriem de algumas ferramentas importantes para que se reconheça o diálogo filosófico.

na última oficina de filosofia recuperámos os temas já tratados, como forma de "aquecimento", antes de começarmos a mergulhar no diálogo. depois disso, na sala dos 4/5 anos estivemos a desenhar ideias tontas e ideias normais. temos vindo a trabalhar esta questão e é difícil explicar o que são; ainda assim, parece que toda a gente sabe do que se trata. por isso mesmo, sentámo-nos para desenhar ideias tontas e ideias normais. foi uma oficina diferente, com lugar ao desenho e ao início do diálogo sobre os desenhos.

na sala dos 3/4 anos estivemos a investigar uma caixa misteriosa que, uma vez aberta, mostrava coisas diferentes a cada um dos investigadores. curiosos para saber do que se trata? em breve desvendamos o mistério!

 

acompanhe aqui o trabalho com as salas JI:

oficina #1

oficina #2

 

11 de Novembro, 2018

ontem, na Biblioteca Municipal António Botto

joana rita sousa

 

"ia ficar baralhado com quatro cérebros, pois cada cérebro ia ter uma ideia diferente"
"dar uma resposta errada dá para tentar de novo até conseguirmos"
"é importante ter a resposta certa para os pais verem a nossa maturidade e para decidirem se passamos de ano" 
“há pessoas que têm cérebro mas até parece que não têm”

oficinas de filosofia com pais e filhos (7-10 anos)

 

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"o nome é importante para dizer que é uma pessoa"
"a senhora robot chama-se Sophia. tem nome. tem alguma coisa de pessoa?"
"uma pessoa anda e o robot é comandado."
"as pessoas não podem ser robots, não têm chip."
"e um cão que tem chip passa a ser robot?"

oficinas de filosofia com pais e filhos (3-6 anos)

 

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*

 

estes são alguns relatos dos diálogos de ontem, na Biblioteca Municipal António Botto. estas oficinas estão integradas na programação do Festival de Filosofia de Abrantes, que começou no dia 9 e terminará no dia 18 de novembro.

 

é a segunda edição deste Festival que acontece no mês em que se comemora o dia mundial da filosofia, que este ano calha no dia 15 de novembro.

 

participar neste festival é um privilégio e uma honra: por um lado, permite-me estar com quem, como eu, gosta de pensar e de observar pontos de vista diferentes, sobre um mesmo assunto; por outro lado, tenho oportunidade para contribuir para que o trabalho da filosofia para/com crianças seja divulgado, junto das escolas. 

 

 

 

revi a Lara Sayão, que veio partilhar connosco a experiência das Olímpiadas da Filosofia e que trouxe alguns livros que passam a fazer parte da minha Biblioteca pessoal. um deles é da Vanise de Cássia de Araúho Dutra Gomes, que tive o prazer de conhecer no ano passado, no ICPIC, em Madrid. 

a vida é muito isto: diálogo, partilha e (re)encontros. o Festival de Filosofia de Abrantes permite isso (e muito mais).

 

 

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