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filocriatividade | filosofia e criatividade

oficinas de filosofia e de criatividade, para crianças, jovens e adultos / formação para professores e educadores (CCPFC) / mediação da leitura e do diálogo / cafés filosóficos / #filocri

oficinas de filosofia e de criatividade, para crianças, jovens e adultos / formação para professores e educadores (CCPFC) / mediação da leitura e do diálogo / cafés filosóficos / #filocri

29 de Abril, 2018

uma pergunta por dia > nem sabe o bem que lhe fazia

joana rita sousa

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depois da minha passagem pela turma da MC (a convite da mãe G.) o professor da turma do 2º ano deu continuidade ao trabalho que tivemos durante a oficina: fazer perguntas.

durante a nossa oficina estivemos a trabalhar com três ferramentas:

- perguntar

- dizer uma coisa

- responder

acresce o famoso PORQUÊ, tão necessário para justificarmos as nossas posições, as nossas escollhas.

 

a mãe G. partilhou estas perguntas que a MC fez, desafiada pelo professor titular. 

há 10 anos que ando pelo país a largar a semente da filosofia, da curiosidade, do perguntar. estas são as bases do trabalho da filosofia para crianças (para jovens, para adultos e por aí fora). a partir daqui treinamos o pensamento crítico, criativo, cuidativo e colaborativo. 

na filosofia para crianças a pergunta é o ponto de encontro, entre a curiosidade e a vontade de querer saber. 

 

 

28 de Abril, 2018

e não é que o Platão "apareceu" na oficina do Platão?

joana rita sousa

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a oficina do Platão reune de quinze em quinze dias. há filosófos residentes, que já fazem parte do grupo desde o início (em outubro do ano passado) e, de vez em quando, aparece alguém novo.

na última oficina sentei-me com a C., a L., e o G.

"hoje somos só três?"

"sim", respondeu alguém.

perguntei: "então e eu? tornei-me invisível?"

e eis que a pergunta surge e salta "para cima da mesa": o que farias se fosses invisível?" 

 

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Platão (o próprio) conta-nos a história de Giges, rei da Lídia. Giges ascendeu ao poder depois de ter assassinado o monarca anterior. é Platão que narra esta história do anel, no livro II d' A República, para trabalhar o tema da justiça. na oficina do Platão foi colocada esta hipótese: haver um anel que, quando usado de uma certa forma, nos tornaria invisíveis. e o que faríamos, nesta condição de invisibilidade?

entre fazer partidas e assustar pessoas, surgiu a possibilidade de roubar sem ser visto. roubar é sempre mau, mas quando podemos ser vistos e apanhados é pior, pois vamos presos e vamos ter más condições de vida. 

foi uma oficina divertida pois surgiram ideias engraçadas sobre a invisibilidade. a I. (que se juntou a nós a meio do diálogo) acabou por partilhar que a maioria das coisas que fazemos quando somos invisíveis não teriam muita graça, pois ninguém nos ia ver. 

 

vamos voltar a esta questão, das coisas que podemos fazer quando somos invisíveis - e daquelas que devemos ou não fazer. 

 

 

 

 

24 de Abril, 2018

Se eu fizer perguntas a um livro – será que o livro responde?

joana rita sousa

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5 de maio, às 11h, na Livraria Bertrand (Chiado - Lisboa)

 

Habituamo-nos a procurar respostas em livros: o desafio desta oficina é o de fazer perguntas aos livros. Brincar com o livro, com o que o livro nos diz – e brincar com o nosso pensamento. No mês em que se comemora o Dia Internacional do Brincar vamos descobrir:  há lá coisa mais séria do que o brincar?

 

"Costumo dizer que estas oficinas equivalem a um treino de ginásio: em vez dos músculos do corpo, trabalhamos os músculos do pensamento"

Joana Rita Sousa, Filósofa, facilitadora e formadora na área de filosofia para crianças e criatividade, desde 2008.



Duração: 45 a 60 minutos |  Para crianças dos 6 aos 10 anos

Máximo: 8 inscritos | Valor inscrição: 10 €

Inscrições na livraria até 2 dias antes do evento



O que é que acontece numa oficina de filosofia? 

"Aqui nós aprendemos o que as coisas são, o que são as palavras. andamos a ver o que existe, o que é real, explicamos as palavras e as perguntas!" - dizia o Marco, ao avaliar uma das oficinas de filosofia. Estas pretendem ser um espaço e um tempo para parar para pensar, "treinar" o olhar crítico, explorar possibilidades e investigar - em conjunto.



O que é que se aprende?

Costumo dizer que estas oficinas equivalem a um treino de ginásio: em vez dos músculos do corpo, trabalhamos os músculos do pensamento. Fazemos exercícios de resistência – verificamos se a nossa ideia é forte, se há boas razões para a aceitar e se resistem aos argumentos contra – treinamos a flexibilidade – será que eu sou capaz de defender o ponto de vista do outro? E se eu mudar de ideias? – e, sobretudo, trabalhamos com as ideias uns dos outros. Podemos “adoptar” perguntas e ideias dos amigos, oferecer perguntas, explorar hipóteses de respostas, descobrir outros pontos de vista e, sobretudo, construir um espaço de liberdade onde posso dizer aquilo que penso, sem que seja julgada por isso. Podemos testar ideias, avançar, voltar atrás – tudo isso faz parte do processo que nos encaminhará para o aprofundamento filosófico. (Joana Rita Sousa)



23 de Abril, 2018

"joana, tu tens vouchers das tuas oficinas?"

joana rita sousa

 

hum, como assim?

a pergunta foi colocada por uma mãe que gostaria de proporcionar à sua filha, e aos colegas da turma, uma oficina de filosofia. eu respondi: "não, mas posso vir a ter".

a mãe G. ficou muito contente pois há algum tempo que estava atenta às minhas oficinas de filosofia, para que a filhota pudesse participar. a ideia de ter a turma inteira a usufruir de uma oficina agradava-lhe e daí me ter lançado a pergunta.

 

e assim nasceram os vouchers #FiloCri que podem ser adquiridos por quem quiser oferecer uma oficina de filosofia a uma turma da escola ou do jardim de infância ou a um grupo de crianças que se pode juntar num espaço para filosofarmos. as possibilidades são imensas e, sim, faço domícilios e desloco-me pelo país. 

 

"joana, como posso adquirir um voucher?"

basta enviar um e-mail para info@joanarita.eu para podermos falar sobre o grupo, o local onde a oficina vai acontecer, as possibilidades de datas e as temáticas que podemos abordar.

 

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23 de Abril, 2018

"quem está preso?"

joana rita sousa

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hoje a provocação filosófica foi uma das imagens do jogo "whatever you want" - Wonder Ponder

este jogo apresenta boas propostas para pensar à volta das questões da liberdade - esta imagem, em particular, permite-nos aprofundar perguntas como "quem está dentro? e "quem está fora?"

imaginando que alguém está preso, nesta imagem, também nos faz pensar sobre as semelhanças entre uma prisão e, por exemplo, uma escola: há muros, há grades, há rotinas, há "guardas" - e liberdade, há?

no final da oficina, o D. partilhou que tinha gostado do exercício: "começámos a pensar numa coisa e depois fomos parar a outra. às vezes mete medo, porque de repente uma coisa transforma-se noutra"

 

foi a primeira vez que estive a  filosofar com este grupo de crianças do 2º ano, do 1º ciclo e surgiu a pergunta: "o que é a filosofia?"

no final da oficina, o M. arriscou uma resposta:

 

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19 de Abril, 2018

"porquês" e "se eu fosse..."

joana rita sousa

Na sala dos 3/4 anos (Era uma vez) os nossos "trabalhos do pensar" levam-nos a investigar o que é "perguntar", o que é "responder" e o que é "dizer uma coisa". Descobrimos perguntas parecidas e algumas para as quais imaginámos uma resposta. E até houve quem mudasse de ideias: coisas de pequenos-grandes-filósofos! 
​N​a sala dos 4/5 anos (Castelo Encantado) o "Se eu fosse" transformou-se, agora, numa investigação pelas diferenças e semelhanças. É verdade, estamos à procura das razões para o "se eu fosse ..." e descobrimos que é possível querer muito ser um tubarão ou um morcego e apresentar a mesma razão para tal. Foi muito divertido e vamos continuar com este jogo, na próxima oficina de filosofia!

 

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é sempre um gosto trabalhar com a rapaziada do jardim de infância. há espontaneidade, há aquele olhar genuíno de quem está a pensar numa coisa pela primeira vez.

tenho vindo a colaborar com a ACIJR, com oficinas mensais na sala dos 3/4 anos e dos 4/5 anos. com este trabalho de continuidade tem sido possível ver o pensamento destes pequenos-grandes-filósofos a "crescer", a amadurecer, a afinar questões lógicas e também a desafiar a lógica, com o recurso à imaginação.

 

 

na sala dos 3/4 anos os nossos "trabalhos do pensar" levam-nos a investigar o que é "perguntar", o que é "responder" e o que é "dizer uma coisa".

descobrimos perguntas parecidas e algumas para as quais imaginámos uma resposta.

e até houve quem mudasse de ideias: coisas de pequenos-grandes-filósofos!

 


​Nna sala dos 4/5 anos o livro "Se eu fosse" transformou-se, agora, numa investigação pelas diferenças e semelhanças.

é verdade, estamos à procura das razões para o "se eu fosse ..." e descobrimos que é possível querer muito ser um tubarão ou um morcego e apresentar a mesma razão para tal.

foi muito divertido e vamos continuar com este jogo, na próxima oficina de filosofia!

12 de Abril, 2018

filosofia (para crianças), design thinking e muitos post-its

joana rita sousa

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 o desafio? pensar a alice no país das maravilhas e o tema da identidade. 

a proposta? partir do mapa de empatia, uma ferramenta de service design que me foi facultada durante uma formação na flag, com o gabriel augusto

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 viajamos pela história, para tentar ajudar a Alice a responder à pergunta "quem és tu?"

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 e depois? depois partimos em busca da nossa própria resposta. quem és tu, joana? quem és tu, vasco? quem és tu, ricardo? quem és tu, manel? 

 

 

12 de Abril, 2018

"mas essa pergunta já foi feita!"

joana rita sousa

"porque é que os animais existem?" (I.) - foi o mote para um diálogo com um grupo de crianças (5/6 anos)

a partir dali verificámos diferenças e semelhanças entre animais e humanos até que surgiu outra pergunta:

"porque é que as girafas existem?" - perguntou a S. 
o G. levantou o dedo, rapidamente:
"mas essa pergunta já foi feita!"
ai sim? então...?
"quando perguntamos porque é que os animais existem também estamos a perguntar pelas girafas. as girafas estão dentro dos animais!"

 

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filosofia no jardim de infância

11 de Abril, 2018

perguntas e respostas

joana rita sousa

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parece simples, mas é sempre um desafio, isto de me sentar no chão para filosofar com um grupo que não me conhece e que eu não conheço.

há regras para apresentar, há nomes para fixar, há palavras estranhas para "entranhar", como "filosofia". começamos com passos pequenos (e ao mesmo tempo de gigantes): exploramos o perguntar, a curiosidade, a resposta - e eis que, sem esperar, o diálogo acontece. o concordar, o não concordar. os "porquês". 

devagar, não temos pressa. 

 

[filosofia no jardim de infância]

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