oficina do platão :: filosofia para crianças, em telheiras (lisboa)
próximas datas: 23 de novembro e 7 de dezembro (sempre às quintas, das 18h às 19h)
para crianças a partir dos 6 anos
informações
968 222 980 | geral@centrosermais.com
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próximas datas: 23 de novembro e 7 de dezembro (sempre às quintas, das 18h às 19h)
para crianças a partir dos 6 anos
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a biblioteca antónio botto acolheu as turmas do 1º ciclo, de abrantes e do sardoal, que se juntaram ao festival da filosofia de abrantes. eu e a renata sequeira também tivemos a oportunidade de ir às escolas para filosofa com os cachopos.
foram vários os temas e as perguntas que serviram de provocação ao pensar, a saber:
o que é uma pessoa?
"coisas" que existem / "coisas" que não existem
o que é uma pergunta?
o lobo mau é mau?
perguntas com sentido / perguntas sem sentido
neste casos em que o trabalho é pontual e a oportunidade para trabalhar com estas crianças é única, a minha opção é a de levar meia dúzia de jogos que funcionem como provocação filosófica para as crianças. aconteceu, numa das oficinas, que o tema trabalhado surgiu a partir de uma partilha espontânea da história do capuchinho vermelho e do lobo mau. afinal, o lobo mau é mau ou faz coisas más? - foi esta a grande questão que serviu de orientação ao nosso diálogo.
a minha postura enquanto facilitadora também passa por acelerar algumas coisas no sentido de haver uma experiência efectiva do diálogo filosófico. sim, há momentos de conversa - os primeiros minutos servem para dizermos os nossos nomes e enquadrarmos a actividade. brincamos com a palavra filosofia, por exemplo. o que é? já ouviram falar? e o jogo ou a pergunta aparecem no centro, para que haja lugar ao diálogo.
nestes momentos é visível quando o grupo já tem uma prática de diálogo, de cumprimento das regras (dedo no ar, esperar pela vez, parar para pensar). quando essa prática não existe, há algum caos que o facilitador tem que gerir. se não nos ouvirmos, não conseguimos pensar e conjunto. se colocamos o braço no ar quando a pergunta vai a meio: será que sabemos mesmo responder?
no jogo "o que é uma pessoa?" há uma personagem que desempenha um papel fundamental. é o félix, o meu cão rafeiro, adoptado na uppa e cuja fotografia faz parte dos elementos deste jogo. perante a indicação de alguns critérios perante os quais o félix "passou" como pessoa e perante o conhecimento de que ele é um cão e que apresenta diferenças face às pessoas; após este percurso, surgiu a pergunta:
"e se criarmos um círculo no meio para arrumar os mais ou menos (=os que são pessoa e não são pessoa ao mesmo tempo)?"
e eis que o sr. venn (os dos diagramas) foi convidado para uma oficina de filosofia, com alunos do 1º e do 2º ano
"o porquê é importante porque às vezes temos ideias e não sabemos explicar."
"com o porquê não dizemos as coisas ao calhas, temos mesmo que pensar."
*
foi uma semana intensa, com muitos desafios para pensar. não me canso de dizer que, para mim, este trabalho é divertido e um óptimo ginásio para os músculos do meu pensamento.
nesta primeira edição do festival de filosofia de abrantes (e digo primeira pois espero que se sigam outras) houve lugar a filosofia espalhada pelas montras da cidade, instalações artísticas, performances de teatro, debates, leituras. o programa foi recheado de bons momentos e só posso dar os parabéns à organização, pelo convite, pelo acolhimento e pela boa energia com que "contaminaram" os abrantinos e todos aqueles que passaram pela cidade, de 10 a 19 de novembro.
até breve, abrantes!
a filosofia, esse mar de porquês e de perguntas. e sabe tão bem navegar em boa companhia!
a filosofia está espalhada um pouco por toda a cidade de abrantes: nas montras, na praça, na biblioteca, nas escolas.
hoje tive a oportunidade de trabalhar com duas turmas do 1º ciclo, sobre os temas "o que é uma pergunta?" e "de onde vêm as coisas?"
mais importanto do que aquilo que dizemos, em jeito de "conclusão" ou de "resposta" é mesmo o processo que nos leva até lá. esse só é possível reproduzir na sua inteireza quando a oficina é gravada e depois transcrita. sem ter condições para tal, limito-me a registar, em folhas, alguns dos pontos que nos fizeram avançar ou não, no diálogo. e sim, também "arquivo" ideias e perguntas. eis algumas:
"o tempo existe porque os humanos tiveram a ideia de construir relógios."
"o tempo vem da invenção humana."
"quando a primeira pessoa do mundo nasceu, o tempo começou a existir."
"o relógio pode estar a funcionar e não haver tempo"
como é que sabemos que o tempo existe?
"vemos pelo dia e pela noite, e depois o dia e a noite"
(ao que o G. diz)
"o tempo que se decida, está sempre a mudar!"
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