domingos de manhã a filosofar? yes, we can!
há manhãs de domingo assim: com desafios para pensar, perguntas e respostas. é a filosofia, para crianças, a acontecer, à volta de uma pergunta que provoca aquilo que a B. descreveu com a frase: "assim já tenho que pensar muito".
sentados no chão, em almofadas, fizemos uma roda. perante a provocação do jogo e da pergunta da nossa oficina "podes fazer tudo aquilo que queres?" houve lugar a exemplos, contra-exemplos, "concordo", "não concordo" e até análise crítica de argumentos: "dizes que estás a defender a ideia da C., mas as tuas razões são contra a ideia da C."
as oficinas foram muito intensas: numa, houve lugar a um jogo. na outra, houve lugar à leitura de uma história, provocadora do pensar. idades diferentes, provocações diferentes, um mesmo objectivo. pensar sobre as coisas que queremos e podemos fazer - e sobre as coisas que queremos e não podemos fazer. entre outras ideias que apareceram nos diálogos.
tive o prazer de conhecer o R., um menino que conheci através do #filopenpal e com quem troquei algumas cartas e desafios para praticar o "parar para pensar" - foi super fixe estar com o R., cara a cara, a trocar perguntas e respostas.
no final avaliámos as oficinas. numa delas, o R. disse não tinha gostado de uma coisa: a L. e a B. tinham-se portado mal. perguntei o que era isso de portar mal. o R. reformulou: "bom, elas não se portaram mal, mas falavam muito só uma com a outra". é verdade, disse eu. mas até percebemos, algumas vezes, que falavam sobre as ideias que estavam aqui no jogo.
o R. olhou para mim, para a L. e para a B. e disse: "sim, pois foi. percebemos isso nalgumas coisas que depois partilharam connosco"
esta observação do R. foi interessante pois fez-me pensar, mais uma vez, no conceito que temos de "portar mal" ou "portar bem".
e vocês, que estão aí desse lado do écran? o que pensam sobre isto de "portar mal" ou "portar bem"?