...e chegaram hoje com esta pergunta "no bolso". "se a filosofia não tem resposta?"
"o meu pai diz que não", diz o L. o M. encollheu os ombros, pensou e disse-me: "se essa pergunta não tem resposta, então a filosofia também não tem resposta".
prometi que íamos investigar esta pergunta numa das próximas aulas.
na sexta-feira estivemos a analisar as razões uns dos outros. e é bom vê-los "crescidos" neste processo de procura das razões fortes, daquelas que explicam bem ou que ficam aquém do solicitado. há cada vez mais consciência do pensar, das implicações que tem o acto de dar uma razão.
e há vontade em examinar, em perceber o que leva aquele amigo a defender isto ou aquilo.
em sala, o I. levanta-se e vem ter comigo. a E. estava ao meu lado, para me dar uma pergunta para juntar às ideias do quadro. quando a E. terminou a sua intervenção, perguntei ao I. se também queria dar uma pergunta ou ideia. a sua resposta:
- ó joana, mas isto já acabou? quero continuar! - sim, R., continuamos para a semana. está na hora do tempo livre - disse-lhe. - e eu posso usar o tempo livre para continuar a pensar nestas perguntas?. - claro que sim! - respondi - a escolha é tua. - boa! vou precisar da tua ajuda!
para arquivar em "sabes que estás a fazer um bom trabalho quando"
...vou espreitar os cadernos da filosofia da criançada. alguns têm muitos desenhos, outros apenas a data da aula e uma frase perdida.
a regra é: cada um escreve o que quer no seu caderno da filosofia. cada um desenha, escreve, traça o seu caminho na filosofia. e é muito interessante ver o caminho que têm feito até agora.