jogo da verdade ou consequência "da filosofia": uma das regras deste jogo (adivinhem?) implica dizer "porquê".
o F. disse: "joana, desculpa lá. ainda não percebi bem uma coisa. nestas actividades que fazemos contigo estamos sempre a dizer "porquê". ainda não percebi por que é que isso acontece!"
a B. nem me deixou responder: "ó F. estás a ver? tu disseste isso! tu também estás a pedir o porquê!"
"ah pois é", disse o F.
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D, queres tirar uma carta? - perguntei
"ele é tímido, joana", disse um dos amigos. sim, já tinha reparado na timidez do D. até pelo facto deste amigo ter preferido levar o quantos queres para completar perguntas, em casa e depois não querer partilhar as perguntas com os amigos - só a mim, num cantinho da sala.
eu acho que aqui há mais pessoas um bocadinho tímidas, disse. por que é que isso acontece?
"eu acho que ele é timido por que não sabe as respostas"
"eu acho que ele pode não gostar de falar com muita gente"
e lá estivemos à procura de razões para a timidez - do D. e de outras pessoas que conhecemos. também o T. assumiu que era tímido e por isso gostava de ser sempre o último a fazer as actividades.
no final da conversa, perguntei ao D, assim quase num sussurro: "queres tirar uma carta?"
e o G, disse: "boa, se calhar se falarmos assim baixinho como a joana o D. fica mais à vontade para falar"