muitas vezes, onde se lê "infantil" ou "para crianças"
deve ler-se
"para adultos, mas temos vergonha de admitir que gostamos de coisas simples e que fazem a imaginação voar, porque somos muito sérios, dizem que é suposto os adultos serem assim e tal"
têm sido divulgados vários textos sobre as metodologias da filosofia para crianças e os seus efeitos no desenvolvimento dos alunos. estamos a assistir ao momento "estudos comprovam que" em torno destas metodologias.
é bom que isto aconteça: pelo facto do estudo comprovar/dar razão/sublinhar a muito daquilo que vejo acontecer em sala de aula ou em oficinas de continuidade e também pelo facto de motivar o diálogo e a discussão à volta deste tema.
a enteléquia facultou um agregado de links para o qual vos remeto, a partir DAQUI.
no twitter e no facebook fui acompanhando e participando nalguns diálogos, nomedamente com o Pete Worley @the_if_man
e peço-vos, ainda, que reflictam sobre estes dois artigos, que li recentemente e que me incomodam por motivos diversos. julgo que ambos se relacionam com a forma como estamos a lidar com as necessidades filosóficas das pessoas (lembrei-me agora que fiz uma tese de mestrado sobre isso!).
there have been published various texts on the methodologies of philosophy for children and its effects on the development of students. what ee are witnessing at the moment is a "studies show that" around these methodologies.
it is good that this happens: because the studies prove / give reason / underline many things that I see happening in the classroom or in continuity workshops and also because it motivates the dialogue and discussion around this topic.
the Enteléquia has provided an aggregate of links to which I refer you, from HERE.
on twitter and facebook i have been following and participating in some dialogues wih people like Pete Worley @the_if_man
I leave the link to his latest piece, HERE
and I ask you also to reflect on these two articles, I read recently and that bother me for several reasons. I think that both relate to the way we are dealing with the people's philosophical needs (I just remembered that I did a master's thesis about it!).
article 1: the geeks children article 2: the "new" mental disorders
(please follow the links at the PT version. thank you.)
desenganem-se: o verão também se traduz em momentos de partilha e diálogo, com pais e filhos, na Cócegas nos Pés, ou mesmo numa acção em parceria com a associação de pais da escolha EB1 que já foi a primária ue eu frequentei
além disso, tenho em mãos um trabalho para um ATL, no qual iremos trabalhar com cerca de 24 crianças, do jardim de infância ao 4º ano.
e a cereja no topo do bolo passa pelo início dos trabalhos em torno do V Sentir Pensamentos | Pensar Sentidos, um encontro que organizo em parceria com a Celeste Machado, desde 2011.
"Riley, tem 11 anos e mudou-se com a família para San Francisco, onde o pai começou num novo emprego. Isso significou deixar amigos e a escola e começar tudo de novo. Uma tarefa nada fácil para a jovem. É aí que entram as suas emoções. A Alegria, o Medo, a Raiva, a Repulsa e a Tristeza. No centro de controlo no interior do cérebro de Riley, são eles que vão aconselhá-la ao longo do dia."
a minha comadre desafiou-me para ir ver este filme "queres vir com a tua afilhada ao cinema? para ver o divertida-mente!" e eu disse logo que SIM, vamos!
seria a minha primeira vez no cinema com a B., de apenas 3 anos, e a sua segunda experiência no cinema. fui ler sobre o filme e comecei a pensar que talvez não fosse muito adequado para a idade da B. talve houvesse uma ou outra coisa que a B. não iria perceber. a mãe concordou comigo e disse: "acho que o filme é a nossa cara. e tem imagens tão giras, a B. vai gostar!"
a B. portou-se lindamente e só pediu para ir ao wc uma vez. e fez muitas perguntas: "porque é que a menina está triste?" "porque é que ele está zangado?"
e no meio disto tudo havia duas pessoas crescidas a maravilhar-se com a forma como é explicado o papel das nossas emoções e até o processo de pensamento - vejam o filme, esse pedaço é MARAVILHOSO!
este filme é para crianças mas serve a todos os adultos. e tem o dom de nos lembrar tantas coisas importantes e básicas na nossa vida: como o papel fundamental da tristeza, por exemplo.
durante os últimos dias foi divulgado um estudo sobre filosofia para crianças, no Reino Unido, a propósito do trabalho realizado pela organização SAPERE.
tenho encontrado vários ecos desse estudo, que divulgo na página do projecto filocriatiVIDAde.
1. There is evidence that P4C had a positive impact on Key Stage 2 attainment. Overall, pupils using the approach made approximately two additional months’ progress in reading and maths.
2. Results suggest that P4C had the biggest positive impact on Key Stage 2 results among disadvantaged pupils (those eligible for free school meals)
3. Analyses of the Cognitive Abilities Test (a different outcome measure not explicitly focused on attainment) found a smaller positive impact. Moreover, in terms of this outcome it appears that disadvantaged students reaped fewer benefits from P4C than other pupils. It is unclear from the evaluation why there are these differences between the two outcomes.
4. Teachers reported that the overall success of the intervention depended on incorporating P4C into the timetable on a regular basis. Otherwise there was a risk that the programme would be crowded out.5. Teachers and pupils generally reported that P4C had a positive influence on the wider outcomes such as pupils’ confidence to speak, listening skills, and self-esteem. These and other broader outcomes are the focus of a separate evaluation by the University of Durham.
o voluntariado faz parte da minha vida e há já algum tempo que dedico parte do meu tempo aos animais que se encontram na UPPA.
na última manhã no albergue tive a companhia da Leonor, filha de uma das voluntárias. julgo que a Leonor tem 5 anos, não sei ao certo. sei que ela ainda não está no 1º ano e que me pediu ajuda para ler um livro - era uma gramática, a do Ratinho, conhecem?
a meio dessa leitura, a Leonor olha para o céu e vê um avião com uma mensagem. e grita: "olhem, olhem, vão ali palavras voadoras"