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filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

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14 de Abril, 2015

voltamos ao espaço atmosfera M, em Lisboa

joana rita sousa / filocriatividade

Untitled design-12.jpg

 

e convidamos pais e filhos para filhosofar!

desta vez, vamos investigar se há coisas que fazem sentido.

 

- oficina aberta a pais* e filhos (crianças entre os 4 e os 10 anos de idades)
15h-15h50 - crianças dos 4 aos 6 anos
16h-16h50 - crianças dos 7 aos 10 anos



grátis para associados Montepio | 2,5 € para não associados 


*ou avô, tio, padrinho, irmão mais velho :)

 

 

+ informações através do e-mail atmosferam.lisboa@montepio.pt e no evento  https://www.facebook.com/events/1554974951421069/

14 de Abril, 2015

"joana, isto é um debate de ideias, não estamos a discutir uns com os outros"

joana rita sousa / filocriatividade

hoje estivemos a investigar o que são perguntas filosóficas (que tratamos por oportunas) e as não filosóficas (que tratamos por não oportunas).

e a discussão, perdão, debate ("joana, isto é um debate de ideias, não estamos a discutir uns com os outros") incluiu momentos assim:

F - eu acho que essa pergunta não é da filosofia, é do estudo do meio. "como nasceu a terra?" é um problema de que falamos no estudo do meio.
A - ah sim? mas a filosofia serve para quê? para resolver problemas. então, é uma pergunta da filosofia. além disso. é uma pergunta que nós gostávamos de saber mais coisas. 

o G. levanta o braço:

- eu tenho um contra contra o A. 

[o "contra" é o nome que se dá ao contra-argumento, nesta comunidade de investigação]

 

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 o debate continuou. a comunidade de investigação está cada vez mais autónoma e segura no gesto de pedir a palavra, argumentar, contra-argumentar. os meninos fazem sugestões para que as aulas aconteçam de uma forma ordeira de forma a que todos possam falar. e estamos a falar de vinte e seis crianças numa sala e de uma hora de trabalho por semana. 

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surgem critérios: uma pergunta não filosófica pode reconhecer-se se for uma pergunta pessoal.

encontramos perguntas nas quais nos demoramos: "joana, acho que esta pergunta é mesmo difícil de arrumar!" e os alunos criam formas de resolução de problemas: primeiro surgiu uma gaveta temporária, das perguntas que não sabemos onde arrumar. depois, o A. sugeriu que houvesse uma gaveta dupla, para perguntas que são filosóficas e que também não são (entenda-se, que podem ser objecto da aula de filosofia e de outras aulas, de outras "áreas", como sugeriram alguns)

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são muitos meninos, já o disse. e são muitos a querer participar de forma muito intensa.

o S. esteve uns minutos à espera e quando lhe dei a palavra: "joana, acho que perdi a minha pergunta! estive com o dedo no ar tanto tempo..."

também a F. acabou a aula de dedo no ar: não houve tempo para falarmos todos. no final da aula, foi para o corredor, com o dedo no ar. fui buscar o casaco e veio ter comigo.

- joana, podes ajudar-me a vestir?

ela continuava de dedo no ar.

- ó meu amor, mas e esse dedo no ar... vais assim para casa?

a F. riu-se.

- vou, para não me esquecer da pergunta que queria fazer. já imaginaste, vou assim para a aula de natação e tudo!