um dia todas as salas de aula vão ser assim
talvez nem todas: mas as minhas, pode ser?
sem mesas, nem cadeiras, apenas almofadas e colchões para nos sentarmos. o diário da filosofia e o estojo para acompanhar. e papel cenário na parede ou no chão para "servir de quadro".
a agitação é maior, a possibilidade de nos distrairmos também: mas podemos esticar o corpo, escolher a forma mais confortável para nos sentarmos. olhamo-nos nos olhos. levantamo-nos e num instante estamos ao pé da parede, do quadro. é mais dinâmico - e o dinamismo compensa a agitação.
por questões várias - comportamento da turma, disposição das salas, questões logísticas - não me é possível assumir, nos seis grupos com que trabalho, a figura da roda como base para nos sentarmos e reflectirmos. com uma média de 22 alunos por turma (numa delas chego a ter 26) não é prudente assumir este aspecto da metodologia: exige maturidade relativamente às regras deste espaço que se pretende simultaneamente livre e responsável.
passo a passo, lá chegaremos.