"podemos conversar sobre as avaliações, joana?"
claro que podemos.
em grupo, dialogamos sobre o relatório do 1º período, que fui chamada a fazer, por turma. depois, os meninos "inscreveram-se" para podermos falar da avaliação individual.
houve quem estivesse aborrecido por "só" ter bom ou "só satisfaz". falamos dos critérios de avaliação e das coisas que eles podiam melhorar - em grupo e individualmente.
quando falamos de pensamento cuidativo (que é a minha tradução livre para caring thinking, de Lipman) perguntei se alguém tinha uma ideia do que seria. e, para meu espanto, o C. levanta o braço e diz:
"por exemplo, houve uma aula em que tínhamos que dar perguntas para o quadro e a B. não dava perguntas. tu até perguntaste se ela tinha e o M. acabou por dar uma pergunta dele à B.."
eu conto esta história algures por AQUI e confesso que não tinha noção do alcance que este momento teve, para o grupo. inocentemente, pensava que só eu, o M. e a B. [nota, na talk os nomes das crianças foram alterados] teríamos guardado este momento. afinal, o C. também se apercebeu e sentiu esse momento como o acontecer deste cuidado do pensar.