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24 de Setembro, 2013

uma escola diferente: a Escola da Ponte

joana rita sousa / filocriatividade

 

 

«dar aula é inútil e prejudicial, e isso já se sabe há mais de há um século (...) até à chegada à Ponte, eu trabalha sozinho (...) dava boas aulas (...) mas no final de cada ano havia sempre alunos que reprovavam e não aprendiam (...) interrogava-me»

 

em 1976 nasce a Escola da Ponte

 

 

«Era preciso repensar a escola, pô-la em causa. A que existia não funcionava, os professores precisavam mais de interrogações do que de certezas. Concluímos que só pode haver um projeto quando todos se conhecem entre si e se reconhecem em objetivos comuns.

Apercebemo-nos que um dos maiores óbices ao desenvolvimento de projetos educativos consistia na prática de uma monodocência redutora que remetia os professores para o isolamento de espaços e tempos justapostos, entregues a si próprios e à crença numa especialização generalista. Percebemos que se há alunos com dificuldades de aprendizagem, também os professores têm dificuldades de ensino.

Obrigar cada um a ser um outro igual a todos, é negar a possibilidade de existir como pessoa livre e consciente. Na nossa escola todos trabalham com todos. Assim, nem um aluno é aluno de um professor mas sim de todos os professores, nem um professor é professor de alguns alunos, é professor de todos os alunos.

Hoje, a nossa Escola assenta na autonomia dos alunos.

Inserido no sistema oficial de ensino português, é um projeto reconhecido e admirado, um pouco por todo o mundo, essencialmente pelas virtualidades de uma aprendizagem alicerçada em valores como a solidariedade e a co responsabilização dos educandos.

Este é, também, um modelo pedagógico que serve de inspiração a outras escolas e realidades, sendo visitada anualmente por uma média de 1000 pessoas dos mais diferentes quadrantes educacionais e culturais»