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filocriatividade | #filocri

filosofia para/com crianças e jovens | mediação cultural e filosófica | #ClubeDePerguntas | #LivrosPerguntadores | perguntologia | filosofia, literatura e infância

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06 de Abril, 2012

parar para pensar

joana rita sousa / filocriatividade





«são os IPAD's, os computadores, os portáteis, as PlayStations, as Nintendo, os IPHONEs... que lhes roubam as competências sociais, o equilíbrio humano, a capacidade de lidar com a frustração, o sentido colectivo, o prazer de estar com o Outro...»

02 de Abril, 2012

Mais do que uma batalha, um encontro de tribos

joana rita sousa / filocriatividade
Às 22h30m (e com 30min de atraso) entrou em campo a equipa Blasted Mechanism constituída por Guitshu (voz), Valdjiu (bambuleco, kalachakra, banjo-bandola), Ary (baixo), Syncron (bateria), Winga (percussões, didgeridoo) e Zymon (guitarra, sitar eléctrica, teclas). Do outro lado do campo (a Aula Magna de Lisboa) encontrava-se a equipa Blasted Generation, constituída por tribos diversas. A batalha consistia na apresentação do novo trabalho dos Blasted Mechanism, “Blasted Generation”, que se segue ao “Mind at Large” (2009). E o cenário previa-se como um ganhar/ganhar.
«Blasted Generation» foi a música que deu o mote de entrada para a banda que surpreendeu com um palco onde a estrutura concebida por Rui Gato nos presenteava com um video mapping que nos fazia viajar pelo “Blasted Empire”. Não falharam “hinos” como «Start to move» (com a presença de Agostinho da Silva) ou »When the sun goes down». O público cantava e sobretudo dançava. Aliás, assim que a banda entrou em palco, a maioria das pessoas levantou-se para saudar os seus membros e começar a dançar.
Ana Sofia Antunes é responsável pela roupa que a banda apresenta neste trabalho e que nos fascinou pelos seus pormenores de luz e forma, bem como pelas figuras que se criam em palco. Figuras míticas (míSticas?) que (en)cantam com sons de índole indiana e africana. Todo um apelo à dança, em harmonia com o cosmos, do primeiro ao último minuto.
A banda terminou o concerto com o tema «Puxa para cima», que é uma espécie de hino ao combate à crise, através da música. “Puxa para cima a tua energia” marcou a manifestação que, a 12 de Março de 2011, invadiu a Avenida da Liberdade, em Lisboa.
A Aula Magna não esgotou, mas o público abandonou o campo de batalha com o corpo esgotado da dança e a alma banhada em boas energias.
A banda vai apresentar o novo trabalho no Porto a 7 de Abril e em Angra do Heroísmo, a 30 de Junho.

01 de Abril, 2012

Evasion | da fuga para a frente, rumo à liberdade

joana rita sousa / filocriatividade

Encontrámos Pedro Batista no seu atelier, em Lisboa, rodeado dos trabalhos que fazem parte da exposição Evasion, que será inaugurada no dia 29 de Março, na Rua Ivens 42 (Chiado, Lisboa). 

Evasion traduz-se mais numa intenção do que propriamente num conceito: «Não se descreve uma ideia, mas sim o expressar de uma emoção, da qual não se tem uma consciência total» - diz-nos Pedro. A exposição reflecte um ano de trabalho (aproximadamente) e traduz-se no terminar de um ciclo. «A exposição foi pensada por mim e escolhi Lisboa de forma a consolidar o mercado».  Como é que acontece o processo criativo? «Evasion é composta de pequenas histórias dentro de uma intenção. Da minha parte, há uma apropriação de imagens que consigo inserir no processo. E depois cada quadro é um quadro...» E cada um deles nos conta algo; bastava olhar para as paredes do atelier para nos sentirmos «invadidos» pela evasão (evasion) e pela intenção de liberdade presente nos quadros do Pedro. A liberdade e o movimento (só o movimento nos permite encontrar o «sítio certo») são intenções transpiradas por estes trabalhos. E a mudança? Também aqui é o movimento que nos fala da mudança, nestes trabalhos em que a figura e o fundo se diluem. «Cada trabalho é um raio x de uma perspectiva emocional. Em vez de ser uma máscara, é o que tu és. Imagina olhar-te ao espelho e não haver máscara.» 

Pedro Batista já expôs em Nova Iorque e a palavra que lhe surge ao falar da «cidade que nunca dorme» é liberdade. «Conheci pessoas do mundo inteiro, foi muito bom.»  Liberdade é, aliás, uma palavra que o artista repete algumas vezes durante o nosso encontro. A pintura é liberdade? «Sim, é liberdade».  A mesma liberdade que sentiu algures nos Açores, na Ilha Terceira, num encontro de street art onde, disse-nos, «tive o luxo de fazer um amigo, para além de pintar». 

«A arte é algo tão rico  e aquilo que a arte dá à sociedade é tanto que se não a acarinharmos é impossível ter uma sociedade livre, uma sociedade onde é possível ter e praticar a vontade de estar no sítio certo», diz-nos Pedro. 

Liberdade e evasão para o futuro. E a vontade de estar no sítio certo. Até 6 de Abril, o sítio certo passa algures pelo Chiado, onde podem conhecer os trabalhos do Pedro. 

fotografia de Mário Pires

 

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