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10 de Maio, 2007

Filosofia num impasse

joana rita sousa / filocriatividade
Depois da suspensão do exame nacional de Filosofia, encontra-se a decorrer uma petição para o regresso da prova e para o alargamento da oferta da disciplina no Ensino Secundário.
Não havendo exame nacional de Filosofia nem no âmbito da formação específica (12.º ano) nem no âmbito da formação geral (10.º/11.º anos), e de acordo com o quadro legal instituído, deixa de ser possível utilizar a Filosofia como critério para o acesso ao Ensino Superior, inclusive para os próprios cursos de Filosofia.
Para Maria Filomena Molder, coordenadora do Departamento de Filosofia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a situação actual não faz qualquer sentido. Todos os cursos do Ensino Superior que requisitavam Filosofia como prova de ingresso deixaram de o poder fazer, o que, segundo esta responsável, "veio perturbar e mesmo desfigurar a relação entre o Ensino Secundário e o Ensino Universitário".
Já a Associação de Professores de Filosofia (APF) considera "lamentável o facto de as aprendizagens em Filosofia terem deixado de ser objecto de avaliação externa", sublinhando que deveria haver um exame nacional que aproveitasse a presença da disciplina no currículo do Ensino Secundário como condição de acesso a cursos do Ensino Superior. Apesar de tudo, não receiam o fim da Filosofia no Secundário, até porque, asseguram, nos contactos que têm mantido com o Ministério da Educação (ME) tem sido garantido que não só não se pretende acabar com a disciplina no Ensino Secundário como "se reconhece a sua valência e se pretende valorizá-la".
Alice Santos e Luís Vilela, ambos docentes de Filosofia, não estão de acordo com a extinção do exame e não compreendem a opção da tutela. Para Alice Santos, a Filosofia está "muito subtilmente a perder espaço", temendo que a médio prazo seja posta em risco a obrigatoriedade da disciplina no 10.º e 11.º anos.
A Filosofia "é um espaço de diálogo e discussão, exercício de actividade argumentativa que não se encontra noutras disciplinas", garante Alice Santos. Com "importância vital não só por si mas também pelas suas características", acrescenta Luís Vilela, a Filosofia desenvolve capacidades argumentativas, de leitura, análise textual, clarificação e fundamentação de ideias. "Os alunos necessitam disso. Gostam disso", sublinha Luísa Almeida, docente na mesma escola.
Por tudo isto, Luís Vilela acredita que muitos pais poderão vir a assinar a petição que está a decorrer e que contém duas pretensões: alargar a oferta da disciplina de Filosofia a todos os cursos científico-humanísticos do 12.º ano e reintroduzir o exame nacional de Filosofia do 10.º/11.º anos para efeitos quer de conclusão do Secundário, quer de ingresso no Ensino Superior.
Luísa Almeida defende que "não está em causa qualquer tipo de corporativismo" mas sim o reconhecimento da importância da Filosofia. Até ao momento já decorreram vários debates com figuras de diferentes áreas profissionais e a petição já foi assinada por diversas personalidades, entre as quais António Barreto, António Dias de Figueiredo, Carlos Fiolhais, Daniel Sampaio, Guilherme Valente, João Lopes Alves, José Pacheco Pereira e Nuno Crato. A iniciativa continua a receber apoios diariamente e a petição vai continuar aberta até que as pretensões sejam atendidas pela tutela.Também para a Sociedade Portuguesa de Filosofia a causa para estas medidas do ME continua a ser um mistério porque, dizem, "os vários responsáveis no Ministério nunca deram uma explicação científica e curricularmente fundamentada para estas decisões".Segundo António Paulo Costa, da SPF, a verdade é que apesar de o Ministério se socorrer de argumentos segundo os quais a Filosofia teria agora mais "espaço" do que nunca, a disciplina está "manifestamente a perder espaço no Ensino Secundário". Para além da supressão do exame nacional de Filosofia, o responsável lamenta a "quase inexistência de oferta de formação" na área por iniciativa do ME."Um sistema de ensino que ignore ou desvalorize o papel decisivo de disciplinas como a Filosofia no seu seio promove o aparecimento de cidadãos mais indiferentes e menos participativos, de pessoas mais acríticas e menos capazes de pensar por si", sublinha o responsável da SPF.Por isso mesmo, garante, o próximo passo terá de ser dado pela tutela, que "não pode continuar a ignorar aquilo que lhe é solicitado em uníssono pela comunidade filosófica e por cidadãos que há muito perceberam que o desenvolvimento do país não pode ser feito atalhando na ciência, na cultura, na arte ou na Filosofia".

Notícia retirada de www.educare.pt

Joana Santos, 09-05-07
10 de Maio, 2007

Formação Avançada em Ética para Situações-limite

joana rita sousa / filocriatividade

Ética para Situações-limite é uma acção de formação avançada da Área Científica de Filosofia e da unidade de I&D nela científicamente integrada: o CEFi - Centro de Estudos de Filosofia, da Universidade Católica Portuguesa (Lisboa).


O contexto social e cultural está marcado por um contínuo desafio aos limites que se colocam no encontro da pessoa, enquanto existente na História. Entre os desafios colocados aos normais limites da condição corpórea estão os que resultam do consumo de substâncias químicas psicoactivas, a acção potenciadora das capacidades intelectuais ou a necessidade de obter uma maior capacidade de rendimento no exercício de determinadas práticas desportivas, e, particularmente, dos chamados desportos radicais. Tais desafios nascem dos sucessivos desenvolvimentos da ciência e da técnica e dos processos de socialização e educação que interferem no desenvolvimento pessoal e social dos cidadãos, sobretudo os mais jovens que, por essas técnicas e processos, são mais permeáveis e sugestionáveis.

Algumas ciências, v.g., a Sociologia, a Psicologia, a Biologia e outras do âmbito da saúde, estudam, hoje, os comportamentos humanos violentos, de risco e desviantes que representam um perigo acrescido para a saúde e para a segurança e o bem-estar da pessoa.

No âmbito destas opções sócio-culturais colocam-se, com frequência, enormes interrogações que exigem da ética uma resposta. Seja porque nos encontramos num quadro de situações-limite, seja porque os próprios limites da condição humana são postos em causa ou nem sequer são já aceites.

Várias são as áreas de actividade humana onde se faz sentir a necessidade de uma adequada e/ou, eventualmente, complementar formação antropológica e ética para profissionais que lidam com os cidadãos em geral ou, sobretudo, com aqueles cidadãos que representam um risco acrescido no campo dos comportamentos violentos e dos estilos de vida não saudáveis.


Calendário
14 a 18 Maio e 21 a 25 Maio (dez dias - 3 horas / dia, a partir das 18h30)


Informações:

Rosário Lopes

Tel. 21 721 4193